Erros de Português? XII
Dois velhos conhecidos encontram-se e trocam saberes sobre a vida.
- O que você me diz sobre “O preço do tomate está caro”?
- É comum, mas está errado. “O tomate está caro” e “O preço está alto”. E sobre “em vez de” e “ao invés de”? Eu geralmente confundo os dois.
- Eu memorizei que “ao invés de” deve ser usado para coisas opostas: “Ao invés de subir, o elevador desceu”.
- Gostei! Essas regrinhas ajudam. Merecem um asterisco. Nem vou comentar a outra forma, para não memorizar o erro. Já me aconteceu de memorizar o erro.
- Li no site MSN: “Valor da universidade que fulano estudará é revelado”. Fulano vai estudar a universidade? “Universidade em que estudará”.
- Eu li no site da Folha: “Recolhida de escolas..., obra de fulano é acusada de infringir o ECA, o que especialistas discordam”. O certo seria “do que especialistas discordam”. Discordamos de alguma coisa.
- Li, não me lembro onde, que “O paciente tinha vindo a óbito dentro da aeronave”. É erro comum: “O paciente foi a óbito” ou “O paciente morreu”.
- Uma outra de que me lembro: “Minha renda é entre 3 a 4 mil”. O certo é “Minha renda é entre 3 e 4 mil”. O “entre” pede o “e”.
- Mais uma facada da Folha: “A ministra já havia caçado o acórdão”. Esse “caçado” deveria ser “cassado”, com ‘ss’. Um acórdão não é um javali...
- E eu trago mais uma da Folha, da autoria de uma escritora e roteirista: “Era normal entre eu e minhas amigas” quando deveria ser “entre mim e minhas amigas” ou, melhor ainda, “entre minhas amigas e mim”.
- Hoje vi outra manchete da Folha: “Fulano foi induzido a erro”. É mais um erro comum. O certo é “Fulano foi induzido em erro” ou “induzido ao erro”.
- Nós temos encontrado erros básicos em jornais importantes: Folha, Estadão, O Globo. Como explicar isso? É desleixo? É revolta contra as normas?
- Não sei. Português é uma língua complicada, nosso ensino-aprendizagem é sofrível, e parece-me que não andamos muito preocupados com precisão...