A maçã!

O fruto proibido!

A raiz de todo conhecimento!

Ícone do livre-arbítrio!

É cabal, sim, que a maçã é uma metáfora de muitas vertentes e de muita significâncias e de muitas argumentativas. Cada uma delas voltada para o que mais importa, dentro de cada círculo: seja divino ou profano.

Mas longe de ser o pomo da discórdia. Ao menos no aspecto cizânia. Ao menos na questão, ou nas questões, que envolve a maçã ao longo dos séculos da humanidade; ou seja, desde quando o homem deu nome para a maçã – talvez existisse antes, com outro nome, mas isso não está posto na nossa propositiva.

O formato da maçã, quase esférico, simboliza o mundo – mas não sei quem isso inventou, “vendo a ideia pelo preço que comprei!” E são parcos, esses indícios de heroicidade da maçã.

Dizem, também, simbolizar a vida, o amor, a imortalidade, a fecundidade, a juventude, a sedução, a liberdade, a magia, a paz, o conhecimento, o desejo..., – isso pesquei na Internet.

E tem a história bíblica de Adão e Eva, que todos estão careca de saber. Nem vale a pena repetir. Nesse caso, em especial, simboliza o pecado e a tentação. Vejam porque me refiro ao “pomo da discórdia” e específico: “ao menos no aspecto cizânia”. Se não entenderam a citação que faço, perdão. Está, deveras confusa. É desprovida de força até para provocar risos.

Mas tem coisas mais confusas ou tão confusas quanto: em cada época, em cada civilização, ao longo da história da humanidade seja na cultura celta, seja na mitologia grega, seja na literatura em toda e qualquer época..., a maçã toma feições distintas.

Sorte não ser “romã!”

Essa, coitadinha, sofria nas mãos de jovens recém-casados na Roma Antiga; desde quando ainda em ramos de romãzeira servia para enfeitar as cabeças dos candidatos e candidatas às núpcias.

É o símbolo de desejo e da sexualidade feminina, a romã, na Ásia. Associam à genitália feminina: a vulva.

Na Índia tem menos atribuições. O suco de romã é por vezes tomados pelas mulheres, com a finalidade de assegurar a fertilidade e combater a esterilidade. Que triste tarefa para uma fruta tão prosaica!

Mas voltemos à maçã!

No tabuleiro do mercadinho, a maçã é fruta, como toda e qualquer fruta. Vendida pelo seu peso, não por suas pretensas virtudes de “maçã!” – Se a “Eva” do mercadinho é mulher do “Adão” da peixaria..., o peste nem de longe é bíblico!

Desculpe o desvio do foco! Rsrsrsr – mas não resisto a gracejar Eva das frutas e Adão dos peixes.

A maçã vem de tempos remotos. Talvez até tenha sido alimentos de dinossauros. Dos herbívoros! Pois que dos carnívoros só se fosse por “tabela”: bicho comendo maçã e depois devorado por bicho outro.

De qualquer maneira, sob qualquer ponto vista, que não discuto nem ao menos apregoo, a maçã tem lá seus predicados. E não são “predicados gramaticais” ou bíblicos ou libertário ou mágicos ou seja lá eles qual forem.

No mais redundo sentido da palavra, é fruta e não vai deixar de ser fruta porque alguns aloprados – que nem eu – ficam de gracinhas com essa belezura de sabor incomparável!