Crônica “O NASCER DO GRANDE DIA DO SENHOR”
Era uma noite silenciosa, daquelas em que até o vento parece cochilar, quando me vi passeando por um campo vasto, sob o manto escuro do céu estrelado. A escuridão envolvia tudo ao meu redor, mas minha atenção foi atraída para o horizonte sul, onde algo extraordinário estava prestes a acontecer.
De repente, como uma explosão de esperança no firmamento, um sol imenso começou a surgir. Não era um sol comum, mas sim uma visão magnífica, cerca de cinco vezes maior que o nosso próprio astro solar. Seu brilho era tão intenso que parecia banhar o mundo inteiro numa luz prateada, fria e resplandecente.
Estranhamente, esse sol não nascia no leste, como estamos acostumados a testemunhar todos os dias, mas sim no sul. Uma reviravolta celestial que desafiava todas as convenções conhecidas.
Foi então que um insight divino me atravessou como um raio de luz: este era o grande Dia do SENHOR, o momento tão esperado de sua volta, conforme Ele havia prometido antes de ascender aos céus. A magnitude daquela visão me fez sentir uma mistura de temor e reverência diante da majestade do Criador.
Num impulso de urgência, desejei correr de volta para casa e alertar meus familiares sobre o que estava acontecendo. Mas à medida que minhas pernas ganhavam impulso, o chão sob meus pés começou a se desintegrar, como areia escapando por entre os dedos. Por mais que eu me esforçasse, era como se o destino já estivesse traçado, e eu apenas um espectador impotente diante da grandiosidade do evento.
Dei-me conta de aquele acontecimento era de proporção universal e que meus familiares já estariam ao par desse acontecimento e que o que eu pude fazer antes era o que valia no momento. O mais agora era com eles e o Eterno. A unção do Altíssimo inundou o meu interior num misto de paz e alegria.
Percebi que aquele evento transcendia os limites do meu próprio entendimento e alcançava uma dimensão universal, onde meus familiares estariam igualmente conscientes e preparados para enfrentar o que estava por vir. Compreendi que o que eu pude fazer até aquele momento já era o suficiente, e que o restante estava nas mãos deles e do Eterno. Uma sensação de paz e alegria tomou conta de mim, como uma unção divina que inundou meu ser por completo.
Foi então que, num suspiro de alívio, despertei abruptamente, sentindo o coração pulsar com a intensidade do sonho que acabara de vivenciar. E embora o sol já estivesse nascendo no horizonte, agora no leste, eu sabia que a verdadeira luz estava dentro de mim, uma chama eterna que jamais se apagaria.
Aquela visão celestial, tão vívida e poderosa, era um lembrete do amor e da promessa divina, um chamado para despertar para a verdade mais profunda que habita em cada um de nós. E assim, com o coração cheio de gratidão e reverência, eu me preparei para enfrentar o novo dia, consciente de que o sol da redenção nunca deixará de brilhar em nossas vidas.
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