O DIA DE TODAS ELAS

Em face de sua importância no cotidiano e na vida inteira de todos nós, podemos afirmar com garantia que todo dia é dia da mulher, aqui e alhures. E não só por isso, mas, sobretudo, pela sua grandeza, beleza e atrativos físico e emocional, todo dia é dia da mulher. Mãe, esposa, companheira, sogra, filha, irmã, madrinha, amiga, em virtude dessas presenças indispensáveis ao nosso convívio, devemos proclamar cada dia do ano como o dia da mulher. Ainda sendo assim, não resta dúvida, que um dia reservado no calendário e dedicado especialmente a elas é uma homenagem simpática, justa e honesta. Esse dia é o oito de março, festejado pluralmente ao redor do mundo.

Não me detenho relembrando os fatos e circunstâncias que originaram a efeméride – de tão abordados e discutidos que são a cada ano, nesta ocasião. Em vez disso, prefiro concentrar meu raciocínio observando e admirando, a um só tempo, a fortaleza e sutilezas da feminilidade, condição que as tornam seres singulares, encantadoras e maravilhosas. Sutil, leve, graciosa, mágica, sublime, meiga, suave, doce, amena... uma constelação de adjetivos sinônimos ainda não é suficiente para grafar em palavras a magnitude da mulher.

Pensando assim, chego a ponto de concluir que a feminilidade é um imperativo no Universo. Para começo de conversa, as unidades máximas que compõem o Cosmos são femininas: as galáxias, formadas, por sua vez, de milhões e milhões de estrelas. E vem uma sucessão incontável de coisas igualmente femininas e conjugadas entre si. A própria Natureza é feminina, bem como imensa parcela do seu fantástico conteúdo: a luz e a claridade, as nuvens e a chuva, a noite e a lua, a manhã e a brisa, a borboleta e a flor, a visão e a beleza, a harmonia e a música, a água e a correnteza, a fotossíntese e a clorofila, a mão e a arte, a inteligência e a sabedoria, a árvore e a sombra, a própria Terra e uma riqueza jamais encontrada fora dela: a vida. Essa cadeia de coisas é demasiado extensa. Alguém aí que me lê pode alegar que a morte também é feminina. Mas a morte é justa, chega para todos indistintamente. E a justiça é parte integrante do caráter da mulher, na sua interminável cruzada em busca de igualdade e dignidade.

Ainda sequenciando esse meu ponto de vista, convém também lembrar que um amplo espectro de valores morais é de ordem feminina: a honra e a moral, a virtude e a razão, a lealdade e a responsabilidade, a democracia e a liberdade, a bondade e a cooperação, a persistência e a vitória, a renúncia e a abnegação, somente para citar algumas, dentre tantas.

Perfila-se ainda, nesse elenco, uma grandeza essencial: a saúde, nosso maior bem, que também é feminina.

O Dia Internacional da Mulher merece, portanto, nosso respeito e nosso aplauso genuflexo. Salve essa divina e distinta colmeia humana, da rainha à operária, que adoça e embeleza nossa vida. Por isso, é impossível falar nelas, sem incorrer no risco de se tornar melífluo, pegajoso e ungido de entusiasmo. Parabéns a todas as mulheres, de todas as partes do mundo, de todas as línguas, de todas as idades, cores e altura, e de todos os nomes de A a Z.

PEDRO PAULO PAULINO
Enviado por PEDRO PAULO PAULINO em 08/03/2024
Código do texto: T8015071
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