Dia Internacional das Mulheres.

A comemoração Dia Internacional da Mulher no 8 de março remete à greve de trabalhadoras russas em 1917, que exigiam o fim da guerra, melhores condições do trabalho e o direito ao voto. Esse dia foi oficializado pela ONU na década de setenta e simboliza a luta histórica das mulheres. A luta ainda no século XXI não é apenas por igualdade saalarial, mas contra a misoginia, o machismo e a violência.

Em 8 de março de 1857, cento e vinte e nove operárias morreram carbonizadas por um incêndio na fábrica textil na cidade de Nova Yok. Supostamente, esse incêndio seria intencional e causado pelo donoo da fábrica como forma de repressão às greves das operárias. Mas, é uma história falsa.

Outra história narra que houve um incêndio na mesma cidade, mas no dia 25 de março de 1911 e que vitimou cento e quarenta e seis pessoas, sendo cento e vinte e cinco mulheres e vinte e um homens, sendo que a maioria eram judeus. É um dos marcos para estabelecimento do Dia das Mulheres.

"Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX. O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações, de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917, na Rússia.

O ano de 1917, na Rússia, foi fortemente marcado pelo ciclo revolucionário que derrubou a monarquia czarista. Nesse clima de agitação revolucionária, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve, no dia 8 de março, e reivindicaram a ajuda dos operários do setor de metalurgia. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Bolchevique."

A presença das mulheres no mercado de trabalho ainda é menor do que a dos homens, uma vez que dados de 2018 apontam que, no mundo, apenas 48% das mulheres maiores de quinze anos estão empregadas – para os homens, esse número é de 75%|. Atualmente, menos de 70% dos homens concordam com o fato de que muitas mulheres preferem trabalhar a ficar em casa cuidando de serviços domésticos. As mulheres ainda sofrem prejuízos no mercado de trabalho por engravidarem, uma vez que o número de mulheres que abandonam o seu trabalho por conta de seus filhos chega a 30%, enquanto que somente 7% dos homens abandonam seus empregos pelo mesmo motivo."

Infelizmente, todas essas estatísticas demonstram como o preconceito de gênero prejudica as mulheres no mercado de trabalho. As mulheres, no entanto, não têm a sua vida prejudicada somente no mercado de trabalho, uma vez que a violência de gênero, o abandono que muitas sofrem de seu parceiro durante a gravidez e os assédios são realidades que muitas mulheres sofrem."

Em 2024, a França se tornou o primeiro país do mundo a incluir o direito da mulher ao aborto na Constituição. A decisão ocorreu na segunda (4/3/2024) durante uma sessão especial no Palácio de Versalhes, convocada pelo presidente Emmanuel Macron, com os parlamentares das Câmaras alta e baixa.

O aborto na França é legal mediante solicitação até quatorze semanas após a concepção (dezesseis semanas após a última menstruação da mulher grávida). Os abortos em fases posteriores da gravidez até ao nascimento são permitidos se dois médicos certificarem que o aborto será realizado para evitar danos à saúde física ou mental da mulher grávida; risco à vida da gestante; ou que a criança sofrerá de uma doença particularmente grave reconhecida como incurável.

Em 2018, a importunação sexual feminina passou a ser considerada crime

A partir da Lei nº 13.718/2018 o assédio passa a ser considerado crime no Brasil.

Em 2015, foi sancionada a Lei do Feminicídio. A Constituição Federal brasileira vigente reconhece a partir da Lei nº 13.104 o feminicídio como um crime de homicídio.

Quero homenagear mais especificamente todas as mulheres como minha irmã, Denise, minha filha Ingrid Louise, minhas aigas Eliana Bravim e Anna Karla e, principalmente, todas as guerreiras que lutaram muito para já termos algumas conquistas dos direitos da mulher, mas, a luta não terminou... Que a dignidade da pessoa humana seja igualmente reconhecida para todas as mulheres e, principalmente, para realmente termos um Estado Democrático de Direito. Tem razão Simone de Beauvoir; "Não se nasce mulher, torna-se mulher".

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 08/03/2024
Código do texto: T8014954
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