Cadê o amor
Um nobre colega de Recanto, que tem todo o meu respeito, afirmou, em um comentário sobre um texto meu que critica a atual postura evangélica no país, que não viu amor na minha escrita. Sabendo de seu alinhamento político-ideológico, pergunto a ele (e a mim mesmo, talvez):
- Onde estava o amor quando depredaram a Capital Federal, em 8 de janeiro;
- Onde está o amor nos discursos inflamados dos líderes evangélicos, nas redes sociais, nos palanques, e mesmo nos púlpitos;
- Onde estava o amor quando o ex-presidente ironizou os que choravam a morte de seus parentes e amigos vítimas do coronavírus;
- Onde está o amor nas manifestações homofóbicas, misóginas e intolerantes destes religiosos?
Amor é doação, é caridade, é exortação, é paciência, é perdão, é misericórdia. Não vemos amor nas manifestações evangélicas, principalmente quando de cunho político-ideológico.