Somente os estúpidos não mudam suas ideias
"Eu nasci assim, eu cresci assim...". Desta maneira se descrevia Gabriela Cravo e Canela, personagem de Jorge Amado. Já o também baiano Raul Seixas cantou que preferia ser uma "metamorfose ambulante do que (sic) ter a velha opinião formada sobre tudo".
Vou com Raulzito; prefiro ter a liberdade de mudar a opinião, uma vez que minha verdade não é absoluta. E com meio século de vida, tenho paz na consciência por muitas vezes ter tido a coragem de expressar opiniões, hoje divergentes às de outrora. Afinal, somente os estúpidos jamais permitem-se mudar suas ideias. Não quero me inserir no rol da estupidez. Gosto de ler e assistir a qualquer notícia em dois canais diferentes, que emitem opiniões diferentes; sempre gostei de estudar as diversas religiões existentes (apesar que a conclusão é sempre a mesma: são instrumentos de manipulação). E esta foi uma das minhas maiores mudanças de opinião e quebra de paradigma: minha fé em Cristo não se alterou, minha confiança nas instituições religiosas, entretanto, inexiste.
Um artigo publicado pelo médico e ex-jogador de futebol Tostão nos brinda com uma interessante história envolvendo o único tetracampeão de futebol no mundo, Zagallo: convocou dois centroavantes para a Copa do Mundo de 1970, mas teve coragem de mudar de opinião, deixou os dois no banco e escalou o meia Tostão como atacante. Resultado? A melhor seleção brasileira de todos os tempos, campeão na Copa do México.
Somente imbecis e estúpidos não mudam de ideias, principalmente diante de evidências e provas incontestáveis. O questionamento por nós mesmos sobre nossas verdades deve ser uma constante em nossas vidas, porque é isso que nos desenvolve como seres humanos.