SETE DEMÔNIOS

Francisco de Paula Melo Aguiar

A humanidade sempre teve e ainda tem em parte medo de demônios.

E por que a humanidade tem medo dos demônios?

Porque são muitos e incontáveis, apenas, a título de exemplos, escolhemos sete: preguiça, medo, conformismo, ressentimento, negação da vida, moralidade repressiva e nihilismo.

Por si sós estes sete demônios assombram direta e indiretamente a humanidade, por analogia ao pensamento do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, proveniente do século XIX.

A preguiça é a inimiga número um do desenvolvimento e do crescimento humano em todos sentidos da palavra, isto mesmo, porque quem busca apenas conforto para viver de aparência, evita o esforço e se diz feliz com o que tem, se tornando assim medíocre em sua essência.

O medo é a sombra que assombra quem nele acredita e por isso se sente derrotado por antecipação. Isto mesmo, porque ele representa obstáculo para se ter a liberdade e autenticidade própria, ele limita a capacidade de agir, além de impedir a enfrentar no tete-a-tete os desafios da vida, isto significa a falta de coragem e determinação com o objetivo de chegar chegando onde se quer chegar.

O conformismo é a causa das causas da representação da mediocridade, isto mesmo, tendo em vista a falta de originalidade e protagonismo. Não se deve tirar o "olho" da sociedade que vive a exercer pressão, in loco ou permanente no dia a dia sobre as pessoas, segundo suas normas e leis estabelecidas, portanto, isto inibe a expressão máxima do indivíduo na invenção e na busca pela excelência no que faz ou quer fazer.

O ressentimento, algo semelhante ao dizer que desculpa, porém não esquece, uma vez que o ressentimento é uma emoção ou sentimento negativo, deixa marcas visíveis e invisíveis quando nos sentimos injustiçados e ou inferiorizados por quem quer que seja. Portanto, o ressentimento impede direta e indiretamente o crescimento pessoal, uma vez que os injustiçados desejam destruir os indivíduos ou pessoas superiores a eles, em vez procurar buscar ou construir o próprio desenvolvimento e crescimento.

A negação da vida é o fato de muitas pessoas negar a própria vida e assim se escondem ou se refugiam em ideologias e ou crenças ou religiosidades que prometem um lugar melhor, não se sabe onde, se no céu ou no inferno, depois da morte. Isto é escapismo ou "cano" de escape, porque impede as pessoas a enfrentar os desafios presentes para conquistar as oportunidades que a vida oferece.

A moralidade repressiva é também limitadora, tradicionalmente falando, porque tem como base ou fundamento o princípio do "bem" e do "mal" ou do "certo" ou do "errado" ou do "honesto" ou do "desonesto", uma vez que tais conceitos individuais inibem ou impedem o surgimento das potencialidades humanas.

O Nihilismo, representa uma consequência da negação da própria vida e da moralidade repressiva. Assim sendo, o nihilismo é a crença que o indivíduo tem de que a vida não vale apenas ou não tem sentido algum ou valor intrínseco em si mesma, o que direta ou indireta leva as pessoas a se sentirem perdidas e ou sem foco e ou propósito. E isto é depressão, o fundo do poço à vista...

Diante de tais demônios inspirados ainda que por analogia ao pensamento de Friedrich Nietzsche, não se devem literalmente assim serem interpretados, ao nosso ver são puras "metáforas" que criam obstáculos que por via das dúvidas podem impedir o desenvolvimento e o crescimento humano de cada pessoa em sua trilha ou caminho ou estrada que busca encontrar um vida protagonista, autêntica e plena, porque "o passado não é passado se te incomoda no presente", segundo Freud, o pai da Psicanálise.

Qual o demônio que é o obstáculo da tua vida?

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 05/03/2024
Reeditado em 05/03/2024
Código do texto: T8012962
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