NINGUÉM
Francisco de Paula Melo Aguiar
Ninguém morre em vão.
Quem nasce sabe que vai morrer.
Não sabe de que, quando e o de onde?
Então a vida não é em vão também.
Ainda que todos estejam certos, se tem o direito de estar errado e vice-versa.
Então é fato que todo mundo quer ir para o céu, porém, ninguém quer morrer.
De modo que encarar a morte é a etapa muito difícil para a humanidade, genericamente falando.
Uma vez indistintamente cada indivíduo aos poucos percebe que seu corpo vai se esvaindo, os sonhos sendo abandonados como cachorro de mudança e os seus familiares, parentes e amigos ficando sós e abandonados para trás.
Durante a vida se vive e se convive de perdas constantes da visão, da audição, de familiares que chegam e partem antes de nós para nunca mais vê-los.
Uma tristeza e disto se tem certeza de que o dia do ato de nascer vivo é dia de alegria instantânea e véspera do dia da morte ou da tristeza eterna, não se sabe quando e quem vai antes, durante e depois de cada indivíduo.
Ressalte-se que a morte chega de "surpresa" como um acidente, uma falta de cuidado consigo mesmo, uma desculpa qualquer, uma queda, uma doença qualquer, então a vida é semelhante a um relâmpago que ilumina e escurece instantaneamente, a isto se pode chamar de morte.
O mundo assim como a vida não deve e não se leva nada. É tudo apenas uma reflexão. E disto ninguém tenha dúvidas de quaisquer espécies, da vida fica após a morte apenas o que foi e o que poderia ter sido e não foi e ou o autoconhecimento "in memoriam " que se tem de quem viajou antes de nós outros. É o juízo de valor dos que ficam fazem de que foi primeiro. Isso é somente isso.
E até porque cada indivíduo deve procurar o sucesso pessoal enquanto é tempo, porque o insucesso é mortal e não poupa ninguém.