“ESTOU ORGULHOSA DAS RUÍNAS EM GAZA”

                                  

   Alguns telejornais e outros veículos midiáticos transmitiram uma palavra dura e bastante infeliz vinda de uma pessoa que integra o Governo de Israel. Pois bem, antes de adentrarmos no que será dito, e antes de falarmos “o nome do santo e do milagre” eis que me veio à memória um versículo no Evangelho por parte de Cristo:

“... Porque a boca fala do que lhe transborda do coração.

O homem de bem tira boas coisas de seu bom tesouro. O mau, porém, tira coisas más de seu mau tesouro.

Eu vos digo: no dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido.

É por tuas palavras que serás justificado ou condenado” (Mateus 12: 34-37).

 

 

   E então, agora irei dizer qual “o milagre e o nome do santo” a que iniciará o nosso estudo: Estou pessoalmente orgulhosa das ruínas em Gaza”.

 

   Clik no link abaixo:

   https://www.youtube.com/watch?v=wcXMbGnv5hw

 

   Pois bem, tal declaração foi dada pela Ministra da Igualdade Social e Empoderamento Feminino de Israel, May Golanm, sendo exibida pelos canais de televisão num discurso feito no Parlamento Israelense. E, no que foi devidamente informado, suas falas vieram como uma forma de indignação e protesto contra o único membro judeu e integrante do Partido Hadash-Ta’al, Ofer Cassif, o qual demonstrou solidariedade aos palestinos (habitantes de Gaza), além de que fazia oposição à guerra, e a se saber que ele acusou duramente os líderes do Governo Israelense de defenderem “crimes contra a humanidade”. E, para que fique mais claro e direto, a ministra, May Golanm, queria “expulsar” o parlamentar citado a fim de que este viesse a perder o mandato.

 

 

   Apresento aqui uma parte do conteúdo por ela dito:

   — Não nos envergonhamos de dizer que queremos ver os soldados das Forças Armadas de Israel capturando Yahya Sinwar (líder do Hamas em Gaza) e seus terroristas pelos olhos, arrastando-os pela Faixa de Gaza a caminho dos calabouços da Autoridade Prisional — disse ela. — Estou pessoalmente orgulhosa das ruínas em Gaza. Que daqui a 80 anos todos os bebês possam contar aos seus netos o que os judeus fizeram quando suas famílias foram assassinadas, estupradas e sequestradas — disse Golan.

 

 

   Caríssimo leitor, eu sei muito bem que não é fácil o que eles estão passando. Mas aqui eu tomo a liberdade em lhe perguntar:

   * Como você classifica o discurso da ministra Golan?

   * Você a defende ou a reprova? Sim, qual a sua opinião diante do que acabou de ler?

 

 

   Meu amigo, lembra no que eu disse a respeito do que foi ensinado por Cristo, o qual disse que “por nossas palavras seremos avaliados, onde seremos justificados ou condenados”? Assim como ele também disse que “a boca fala do que está cheio o coração”?

   Caríssimo, eu não estou querendo ser promotor de ninguém, mas gostaria que pudesse me acompanhar neste estudo.

A mencionada Ministra, May Golan, abriga (e incorpora) dentro dela o espírito próprio de quem é da chamada “extrema direita”, com suas falas inegavelmente nacionalistas. E nunca negou ser racista: “Se sou racista por querer defender o meu país e por querer proteger os meus direitos básicos e a minha segurança, então sou uma racista orgulhosa” .

   E, como muitos outros integrantes do Governo (e que o defendem em função de sua conduta na guerra), acredito que sintetizou a “sua verdade” com relação ao povo palestino:

“Eu não me importo com Gaza. Pelo que me importa, eles podem cair fora e nadar no mar. Quero ver cadáveres de terroristas cercando Gaza”

 

 

   Pois é, “a boca fala do que está cheio o coração” (conforme Cristo nos ensinou). Ao que a alma da ilustre Ministra está disseminada com ódio e intolerância.

   Estimado leitor, eu já fiz esta pergunta, todavia a farei novamente:

   * Você acha que o Governo de Israel se preocupa com os reféns (de seu Estado) os quais estão em poder dos terroristas do Hamas? Em sua ótica, os reféns são “prioridade” para Benjamin ("Bibi") Netanyahu?

 

 

   E aqui eu mesmo tomo a liberdade de responder:

   O Governo de Israel não se preocupa nem com seus reféns e muito menos com os habitantes de Gaza, já que seus ataques não fazem separação de ninguém. E as imagens de civis maltratados e mortos (incluindo crianças) mostram bem claro isto. E eu tenho certeza de que só é exibido um “conteúdo um pouco mais suportável”, para “pegar leve” com o telespectador.

 

 

   Repito: As ofensivas das Forças Armadas de Israel não são “discriminatórias”. Ou, para que melhor seja entendido: Um bomba lançada sobre um suposto terrorista ceifa também a vida de centenas de inocentes.

   Sim, os reféns nunca foram “prioridade” para Benjamin Netanyahu e para ninguém de seu Partido. E confirmado está pelas famílias dos israelenses que pedem do Governo uma atitude, já que seus parentes estão presos. Se [eles] fossem prioridade, Israel ganharia a guerra, pelo que optaria em “trabalhar com a inteligência” e não tanto com o uso da força bruta (só para mostrar para o mundo que têm um Exército poderoso).

 

 

   Entenda aqui, meu caro: O que o Governo de Israel está querendo fazer recebe o nome de “revide” e, sobretudo, “vingança”, mas nunca “justiça”. E o que o Primero Ministro anseia é somente "ganhar uma guerra perdida". Digo isto porque na cabeça dos islâmicos o que nós chamamos de morte para eles é "martírio". Eles não têm medo de morrer. E cada corpo de seus soldados enterrado germinará centenas de "futuros mártires". É verdade: muitos nascem para serem "homens-bomba".

 

 

   Ah, mas voltando para a questão da "justiça", mais uma vez eu lembro Cristo no que ele ensinou: “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus” (Mateus 5:20).

   Bom, como o estudo foi feito em função das palavras da Ministra da Igualdade e Empoderamento Feminino de Israel, gostaria, mais uma vez gostaria de saber a opinião do leitor. E serei mais enfático:

   Recentemente algumas pessoas reprovaram as falas do Presidente Lula, o qual comparou a situação dos palestinos em Gaza com a dos judeus nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. E o próprio Netanyahu afirmou que ele tinha “cruzado a linha vermelha”.

 

 

   Meu amigo, acaso já se perguntou o que Primeiro Ministro de Israel achou a respeito das falas da Ministra da Igualdade, May Golan? Será que ele também tem orgulho do que está fazendo com Gaza? Será que todos os integrantes da extrema direita de Israel têm a mesma opinião? Se a resposta for “sim”, então eles pouco (ou nada) se diferenciam dos líderes nazistas.

 

 

   Pois bem, a meu entender ela só confirmou o que Lula quis dizer no que então expressou em função da conduta do Governo israelense em Gaza. Caríssimo, as imagens que são mostradas na TV e outros meios midiáticos são horríveis, pelo que são “desumanas”, a lembrar, sim, imagens de judeus nos campos, embora aqui no Brasil há também imagens pesadas, tais como os índios das tribos Yanomamis.

 

 

   Bem, só para terminar, no dia 25 de fevereiro deste ano aconteceu na Avenida Paulista um ato em favor do ex-Presidente Bolsonaro. E uma imagem que eu achei interessante foi de que havia várias bandeiras de Israel, além das bandeiras do Brasil. Segundo o parecer da alguns era para apresentar um pedido de desculpas ao Governo israelense em função das palavras de Lula.

 

 

   Eu, particularmente, achei ridículo. Primeiro considerando que no mundo inteiro está havendo manifestações a favor do povo palestino. Sim, de pessoas que estão revoltadas com a postura do Estado de Israel contra Gaza, sobretudo, no que está proporcionando aos seus cidadãos.

 

 

    Meu amigo, as pessoas em Gaza estão passando fome, não têm onde morar, já que suas casas foram destruídas, a estarem num total desconforto, respiram um ar de morte (literalmente). E outra coisa mais, pode ter certeza, de que nós, latinos, somos vistos como “gentinha” por aquela ministra, e não duvides disto.

 

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   E só para que saibas, ela mesma denunciou os refugiados africanos em Israel, onde disse que eles eram “criminosos e estupradores” e que tinham AIDS.

 

 

 

   Bom, acredito que não tenha conhecimento do que lhe direi agora, mas muitos judeus apoiaram Lula no que ele disse, e, portanto, dando-lhe razão, de que o Governo de Israel adota práticas fascistas e duras contra a Palestina.

 

 

   Meu prezado, acredito que talvez você deve estar pensando que eu sou antissemita. Pois eu te digo que estás engando. Tanto não sou como eu utilizo diariamente a liturgia judaica no tempo que me permite. Uso o Sidur (um livro de orações judaico) em meu dia-a-dia, assim como sou estudante da Tōrāh (ainda que eu seja um “agnóstico”).

   É isso aí. E o meu recado para todos é:

   Cuidado com suas palavras

   Lembre-se:

   “Por tuas palavras que serás justificado ou condenado” (Mateus 12:37)

 

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27 de fevereiro de 2024

 

IMAGENS: INTERNET

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 27/02/2024
Reeditado em 27/02/2024
Código do texto: T8008256
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