Abandono
Estávamos caminhando, e de repente você montou em seu cavalo. Correu como uma corsa sedenta por água, logo eu te perdi de vista. E assim você matou a sua sede, e a minha também. Caminhei sozinha por longos dias, já não não sentia falta da tua presença. O que me tomava era apenas uma vontade de sentar à beira do caminho e descansar, mas eu corria atrás do tempo que doei a ti, mas você me devolveu o desejo de nunca ter te encontrado. Se um dia eu encontrar algum riacho, não beberei dele, para que eu não lembre que ali você matou a sua sede, não beberei dele para que eu esqueça os nossos quase vinte anos.