EM DEFESA DA POESIA LIVRE
Poesia sempre será poesia, uma inspiração da alma poetal...
E devemos deixar que alma se manifeste livremente, expondo sua criatividade...
Ósculos e amplexos,
Marcial
EM DEFESA DA POESIA LIVRE
Marcial Salaverry
Ultimamente, venho observando uma certa polemica poetal, pois muitos dos chamados poetas “puristas”, defendem a observância das chamadas "regras poéticas", o que vem sendo contrariado por muitos poetas que defendem a "poesia livre".
Permito-me dizer algo nesse sentido, esperando não deixar ninguém sentido...
Respeitando as regras métricas e técnicas, penso que tira a liberdade da alma do poeta, porque passa a se ater a detalhes, perdendo o sentido de criatividade, que é o que realmente dá beleza à poesia, que brota da inspiração da alma poetal...
Basta observar-se a explosão poetal que ocorreu, quando da criação da poesia livre, liberando-a das regras tão defendidas pelos puristas.
Antigamente, escrever e até mesmo ler poesias era algo enfadonho e maçante, face à observância das "regras poéticas". Pouco se escrevia, pouco se lia, ficando a poesia restrita a círculos fechados e elitistas.
Uma vez que a poesia é a explosão da alma do poeta, e como a alma deve sempre ser livre, entendo que a poesia deve apenas ser a "explosão poetal", onde o poeta deve expor apenas o que lhe vai n'alma, sem se ater a regras "bitolatórias" de seu talento.
Podemos respeitar os estilos poéticos clássicos como soneto, trova, poetrix, haicai, cordel, deixando a liberdade poetal para a néopoesia, onde o que dita as regras é a alma poetal de cada um.
Existe público para todos os estilos, e assim, podemos respeitar a criatividade dos poetas e poetisas que apenas querem soltar algo que estava preso em sua alma poetal.
Até podemos criar uma campanha pela "liberdade trovistica", pois acho cruel limitar a inspiração e a criatividade a uma mera questão silábica... mas, não sejamos gulosos demais, afinal a trova foi um dos primeiros estilos poetais a surgir.
Parafraseando uma frase célebre de nosso Getúlio Vargas, que disse sabiamente: "A lei... ora a lei", levanto a bandeira a liberdade trovistica, dizendo: "A métrica, ora, a métrica...".
Fica a sugestão, que certamente vai contar com o apoio de alguns, e com o repúdio de outros.
Um beijo no coração de todos,
Marcial
Apesar das restrições técnicas, quanto à métrica, acentuação, silabismo e quejandos, penso que ficou algo supimpa, e porque não dizer porreta e trilegal, além de muito bacana, e maimiódibãosô... O principal é cada qual respeitar o espaço de seu semelhante, pois existe talento e gosto para tudo, e certamente todo espaço e os direitos devem ser respeitados, e assim todos poderemos desfrutar de UM LINDO DIA, a cada dia de nossa vida...