UM SONHO POSSIVEL
Hoje tive a oportunidade de tomar conhecimento de um atrito de ideias entre dois participantes de um grupo de Watts app, onde um atribuía a Israel o direito de continuar defendendo-se do Hamas e outro dizendo que Israel, com o pretexto de defender-se estava-na verdade- praticando um Genocídio perante a população civil da Faixa de Gaza constituída, maioritariamente, por descentes da Palestina.
Logo vi que era um embate entre duas convicções pessoais que se mostravam irreconciliáveis, por serem antagônicas.
Fiquei pensando sobre o fato e me dei conta que o Ser Humano, historicamente, tem vivido em conflito por questões as mais variadas e desde o princípio em nome destas questões tem produzido mortes de seus semelhantes em quantidade tamanha que é impossível estimar-se o número das vítimas do homem contra homem e de nações contra nações.
E parece que a matança por ser institucionalizada, como necessária, para atingimento de objetivos, aconteceu no passado, acontece no presente e acontecerá no futuro.
Depreende-se dessa constatação que tudo continuará sendo- no futuro- como foi- no passado e como é- no presente.
Mas será que não tem uma saída? Será que não existe uma fórmula milagrosa, acima dos homens, das nações e de seus interesses irreconciliáveis, que possa reverter a situação?
Será que nos chamariam de visionários, de ingênuos ou, até mesmo, de loucos se nós pudéssemos imaginar, que num futuro mesmo que distante, os homens abandonarão seu instinto, vil, de matar a vida e o trocarão pela prática, nobre, de conservar a vida.
Abandonariam as condutas belicosas e passariam a adotar um comportamento amistoso no qual as diferenças, de quaisquer naturezas, não seriam motivas de conflitos, mas motivos de aceitação, de compreensão e seriam resolvidas pelo diálogo civilizado e pacífico sem necessidade subjugar ou de matar.
Será que poderíamos pensar que este dia chegará e que os homens não teriam mais ambições de conquistas de seus semelhantes, pelas armas mas teriam ambições pelo convívio fraterno e igualitário, alheios às crenças e, aos poderes individuais, ou coletivos?
Será que poderíamos pensar que a paz, a concórdia e a harmonia, finalmente serão a tônica regente das relações entre os homens e a nações?
Será que o homem neste futuro que imaginamos, será capaz de trocar a vaidade, a necessidade de poder, o orgulho, a desonestidade, a instintiva necessidade de produzir morte, substituindo-as pela modéstia, pelo senso de igualdade, pela humildade, pela honestidade e pela crença na preservação da vida como o bem maior que devemos praticar?
Eu sei que isto é um sonho! Mas, como eu acredito em sonhos eu sei que, este, é um sonho que se o homem quiser mudar seu comportamento individual e coletivo é CAPAZ DE ACONTECER!
(Recanto da Ana e do Erner, 26.02.2024- Capão Novo)