É ERRANDO QUE SE APRENDE?
Muitas e muitas vezes já ouvimos esta expressão popular em qualquer lugar por aí. Porém, isso nem sempre corresponde à verdade. Por isso o título desta está na interrogação. Pois, se fosse assim, a pessoa que tem aquela mania de querer sempre levar vantagem sobre as outras e situações do cotidiano, como por exemplo, avançar, de vez em quando faixa de segurança destinada aos pedestres com o seu carrinho ou carrão, transitar numa rua ou avenida na contramão, furar uma fila em qualquer estabelecimento, ocupar o lugar destinado a outras pessoas em alguma assembleia ou reunião e assim sucessivamente e, agindo erroneamente assim, só porque nunca foi multado, xingado, chamado a atenção, levado um pito, etc., tal elemento terá sempre este comportamento como faceta do seu mau caráter e, obviamente, ficará muito difícil ele procurar agir da maneira normal e correta como os demais seres humanos. Sabe aquele indivíduo que se acha o tal e quer chamar a atenção de qualquer um, seja como for? Então, é que neste caso, costuma-se dizer que ele, para atingir o seu ridículo objetivo só deveria mesmo pendurar uma melancia no pescoço e desfilar em plena rua movimentada, achando que estaria abafando! Portanto, ao contrário de dizer "é errando que se aprende", o mais adequando e correto seria se expressar de maneira diferente, como por exemplo: É VIVENDO QUE SE APRENDE. Afinal, conforme o adágio popular, se "o pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto" reverter alguma atitude errônea comportamental que já se percebeu que faz parte da índole de alguém, o intento ficará cada vez mais difícil, para não dizer, impossível. Já dizia o renomado Millôr Fernandes: "Errar é humano, mas quando se erra de maneira tal que a borracha acaba primeiro do que o lápis, aí já é burrice mesmo".