"Eugênio Carpacci, o meu hetero(nimo)"

Texto nº 1 Crônica: Nada de Narcisismo Publicado em 26/06/2007

Tento articular a minha mente, agir como um perfeito manipu-

lador, mas atenho-me a sensações pequenas, que me instigam e me -

alimentam.

Quando ando nas ruas, percebo os olhares atentos, elas me

devoram, tirando minhas calças e me dominam, em plena avenida

Paulista.

Eu fico de canto, olhando e instigando: ofereço um olhar sádi-

co, outras vezes dominador. Elas? elas adoram. Despem ainda mais as

minhas roupas. Dias desses, quase fiquei nú, em plena Avenida

Ipiranga.

Distraído, no carro. Ligo o rádio e canto, no farol a morena me

olha, me canta e me chama: "delícia". Eu atendo com um sorriso, mas

a honra me espera: algêmas, grades, relatórios, chefe, bandidos...

No serviço, as meninas me cercam: fico perdido em meio tanto

assédio, me entrego aos poucos. Sacio uma a uma, sem a menor

pressa.

Não é fácil ser homem! Difícil é segurar a mulherada no cio...

será que sou gostoso demais ou é a falta de macho?

Não respondam... tá muito bom do jeito que esta.

Eugênio Carpacci surgiu como um desafio, eu queria entender a mente de um homem incomuns, pois os comuns me aborrecem; mas fiquei entediada ao lidar com um homem arrogante, que mais se preocupa com a roupa em que usará ao sair para o trabalho.... ele, talvez seja aquilo que sempre neguei....

Não o jogarei fora... é criação da minha mente....