UM TURBILHÃO DE EMOÇÕES

Esses últimos meses, boquiaberto assisto a um verdadeiro festival de atrocidades, que não tem mais lugar pré definido para acontecerem, elas simplesmente eclodem, e depois não há santo que solucione o problema.

A guerra proclamada pelo ditador Putin, pode ser considerado o exemplo mais grotesco da atualidade. Do nada, esse tirano de aldeia, da já esculhambada economia soviética, resolveu que não estava contente com a anexação na mão grande, de parte da Ucrânia, queria mais, em seu delírio de retomar, pelo menos em parte o que fora a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS.

Qualquer coincidência com a atormentada cabeça de Trump não é mera coincidência. Ambos sonham com um passado impossível de ser recuperado, e o pior, conseguem convencer muita gente dessas baboseiras que passam suas mentes degeneradas.

E por falar em imbecilidades, não tem jeito, vem à tona como fezes o recente período de desgoverno desse capitão, que sem esconder de ninguém foi tanto a Washington, quanto a Moscou beijar a mão desses dois crápulas em períodos bem sugestivos: antes da invasão do Congresso ianque e também antes do início da invasão da Ucrânia.

Putin está dando com os burros n’água, ninguém sabe de onde ele continua tirando verbas, para manter o decadente exército russo em ação, devastando o principal celeiro de produção de grãos europeu. Sua sádica estratégia vem sendo a de destruir fontes energéticas ucranianas, para baixar a moral do país e aproveitar o inverno da região para matar de frio seus resilientes habitantes.

A encrenca piorou, quando aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN resolveram cooperar com dinheiro e armas, para assim manter uma distância estratégica na fronteira com territórios russos.

Como se um tirano de aldeia não fosse suficiente, vimos crescer diante de nossos olhos, ali do outro lado do Mediterrâneo, mais uma figura patética, o primeiro ministro israelense Netanyahu, um político com prestígio desgastado, que se utilizando da guerra, consolidou uma cortina de fumaça, que lhe entroniza no cargo. Este sujeito tem como meta de vida a eliminação da vida de palestinos.

Ao contrário do déspota nazista, que matava judeus de forma rápida, ele tem seu lado sádico bem desenvolvido, preferindo ir eliminando palestinos de forma lenta e gradual, primeiro baixando a moral com bombardeios intermitentes, depois preferencialmente de sede, ou fome, e eventualmente agiliza suas ações, matando no atacado enfermos internados em hospitais palestinos. Outra característica desse déspota enlouquecido é a indiferença com o ser humano, mata indiscriminadamente palestinos, independente da faixa etária.

Aqui ao sul do Equador, depois de restituída a República, foi dada agora a largada para a caça as bruxas do desgoverno desse messias do ódio, e o Supremo Tribunal Federal – STF caminha a passos largos, para finalmente fazer cumprir a lei, e punir não só a irresponsabilidade do ex-presidente genocida, mas também de seus dependentes diretos, usando provas cabais de sua mal fadada tentativa de reviver o período de exceção promovido por seus coleguinhas de farda.

Vamos torcer para que essa quadrilha de milicos seja enquadrada pela justiça civil, pois apesar de em sua imensa maioria terem usado farda, seus crimes e mais importante as consequências delas derivadas tem caráter eminentemente civil.

Nossos hermanos, que nas últimas décadas tem sofrido com os desmandos de presidentes eleitos democraticamente pelo voto. Agora, a bola da vez é o Milei, que chegou com intuito de dolarizar a economia, e privatizar tudo que fosse possível, não conseguiu ainda comprar o contingente de parlamentares necessários a aprovação de suas premissas supostamente ultra liberais.

Por enquanto, tudo continua como dantes, no quartel de Abrantes, e assim, espantar o fantasma da inflação ainda é um sonho sonhado, a cotação do peso continua valendo quase nada, ou seja, um simples real, que hoje não compra sequer um cafezinho por aqui, vale na Argentina cento e sessenta e oito pesos. Aos oportunistas de plantão, passar um final de semana na capital portenha pode sair mais barato que se hospedar pelo mesmo período em algum dos nossos balneários mais badalados.

Alcides José de Carvalho Carneiro
Enviado por Alcides José de Carvalho Carneiro em 23/02/2024
Código do texto: T8005123
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