AS PALAVRAS

Nestes tempos, singulares, pelos quais estamos passando a nível de Planeta, onde os seres humanos encontram-se em conflitos pessoais e coletivos, de enormes proporções, representados por frustrações e contradições de todas a ordens as palavras tomam sentido relevante e geram consequências , quase sempre nefastas ou desagregadoras.

Para justificar esta premissa Sua Excelência o presidente do Brasil em um pronunciamento, no exterior, durante a sua última viagem, disse palavras que produziram um incidente diplomático entre o Brasil e Israel cujo povo e cujas instituições nos devotam um grande carinho e respeito, tendo em vista que sua criação, como estado, decorreu em uma reunião da ONU, em 1947 , sob a presidência do grande estadista brasileiro Osvaldo Aranha, gaúcho de Alegrete.

Em Razão destas palavras o Estado de Israel declarou, para nossa vergonha, que o nosso presidente é pessoa “non grata” perante a sua nação e perante seu povo.

Diante deste incidente lamentável a nossa Diplomacia esta fazendo enormes esforços para conseguir reparar o dano causado, entre os dois países que, outrora, amigos correm o risco, agora, de verem suas relações, de alto nível e fraternas, irrefutavelmente destruídas.

Com as devidas desculpas aos meus leitores por atrever-me a tecer comentários sobre assunto de tal relevância, deixo-lhes, para reflexão, um verso que fiz, em 1972, no restaurante Braseiro, em Porto Alegre, na rua Jeronimo Coelho, quase esquina com a Borges, quando vi dois amigos se ofenderem por causa do resultado de um Grenal.

AS PALAVRAS

As palavras são armas brancas,

Quando ao rigor manejadas,

Ora faca muito afiadas,

Ora terríveis punhais,

Que produzem ferimentos

E cicatriz fatais,

Que pode mudar os matizes

Mas que não curam, jamais...

( Recanto da Ana e do Erner 20.02.24- Capão Novo)