EXPORTAR
Produzir o bastante para suprir as necessidades do mercado interno e exportar o excedente de produção, desde sempre foi e continua sendo, receita de sucesso econômico de qualquer nação, não importando se é manufaturado ou in natura, desde que a remuneração da atividade seja ideal para as partes.
As molas mestras da consolidação da Inglaterra como líder da economia mundial até o século XX, foram às exportações com a revolução industrial, iniciada dois séculos antes. Claro que pelo poderio bélico disponível, pôde impor aos parceiros comerciais embargos e exigências fora de qualquer razoabilidade pois em sua maioria, esses consumidores apareciam em posição subalterna.
Depois da guerra de 39/45, o mercado internacional foi “invadido” por manufaturados dos países europeus, porque eles precisavam recompor as suas economias. Nos anos 50, eu ganhei de presente de aniversário uma gravata, vistosa e elegante, produzida na Itália.
Os puristas podem argumentar, mas esse comércio de exportação fortifica o capitalismo selvagem, escraviza operários, tira a dignidade das pessoas, etc.
Sim, podemos concordar com tudo isso, mas os tempos atuais têm novas ferramentas de controle, as comunicações são instantâneas e contra essas práticas devem existir os órgãos governamentais de controle.
A pluralidade dos agentes produtores deve criar múltiplas oportunidades e a concorrência leal (por ser vigiada de perto) dará variadas opções de trabalho aos operários e o mercado consumidor fará a estabilização dos preços, desde que fique livre das amarras dos governos com seus impostos escorchantes.
Também precisamos ter em mente que se deve ao capitalismo a distribuição da riqueza na Europa.
Até o final do feudalismo 95% da população era miserável e 5% detinha a riqueza. Hoje esse percentual está invertido.
Quanto maior for a liberdade da iniciativa privada para explorar as riquezas naturais, produzir manufaturados e exportar, maior será o retorno em benefícios para todos.
Claro que a exploração de recursos naturais deve estar atrelada aos encargos de preservação que devem ser acompanhados de perto pela autoridade competente e, principalmente, incorruptível.
A livre concorrência no mercado e a popularização do sistema de ações das empresas de sociedade anônima, via bolsa de valores, são partes fundamentais do capitalismo que, é o único regime econômico capaz de remunerar o dinheiro que emprestamos às empresas quando compramos as suas ações, que gera tranquilidade financeira e socialização da riqueza produzida sem que a maioria precise trabalhar para sustentar os parasitas sociais e os “marajás” do serviço público que, a bem da moral e dos bons costumes, devem ter os mesmos direitos e deveres de todo e qualquer cidadão.