SAIA CURTA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Não é inocente em suas comparações entre holocausto e holofotes que envolve Israel e a Faixa de Gaza, pois, cria um caso consequente que nem a Corte Internacional de Haia tem consequências jurídicas, apenas bota mais lenha na fogueira.
A repercussão das declarações do primeiro mandatário brasileiro mexeu com a comunidade judaica porque banaliza o holocausto em sua essência em compará-lo com uma guerra que combate terrorismo.
Salvo melhor juízo a "metade do mundo é composto por pessoas que tem algo a dizer e não podem, e a outra metade que não tem nada a dizer e continua a dizer", segundo Robert Frost, em seu livro de poesia.
Não é bom esse tipo de discussão jogando lama no ventilador que alimenta os povos envolvidos na guerra em andamento.
O Brasil está sendo repreendido via seu embaixador chamado às pressas ao Palácio de Israel para dá explicações desfazendo a fala do mandatário brasileiro.
É disse me disse de gente grande jogando o que pensam ou não pensam antes de falar.
É lastimável ter que falar como briga de vizinho de muro baixo e causar repercussão internacional, uma espécie de guerra "morna" porque tais declarações não tem ar ou força simbólica de guerra "fria" ou de guerra "quente", nos moldes que a história relata.
Acredita-se que tenha sido tal declaração um pensamento pessoal do homem e não do presidente, porque "qual a coisa mais humana para você? Poupar alguém da vergonha" ou até mesmo porque "as vezes as pessoas não querem ouvir a verdade porque não desejam que suas ilusões sejam destruídas", segundo Friedrich Nietzsche.
Não é aceitável banalizar o sentimento alheio do pensam ou não pensam, pois, "se não for certo não faça, se não for verdade não diga", segundo o pensamento de Marco Aurélio, imperador romano (121 d.C - 180 d.C).
Em sendo assim, "a voz do inconsciente é sutil, mas não descansa até ser ouvida" e ou "se dois indivíduos estão sempre de acordo em tudo, posso assegurar que um dos dois pensam por ambos" no dizer de Freud, o pai da Psicanálise.
Foi dito mesmo o que e quem ouviu o reboliço diplomático?