QUANDO UMA EXPRESSÃO SE RATIFICA INESPERADAMENTE

A expressão a que estou me referindo é esta: "NÃO VEJO A HORA". Geralmente a usamos quando se está ansioso para realizar um projeto, um plano, um encontro com uma pessoa querida, etc. E o assunto desta crônica é sobre este último. Foi uma situação inusitada, para não dizer, inesperada, apesar de "planejar" o que pretendia fazer em companhia da minha namorada. O "passeio" pelo centro de São Paulo foi apenas uma evasiva para ter um encontro íntimo com ela, uma vez que no apartamento onde eu morava como "inquilino" da família da minha irmã e minha namorada também estava morando, não tínhamos condição de consumar algo mais íntimo, ficando apenas naqueles "amassos" que todo casal de namorado executa, ou seja, tudo com moderação, mas chegando ao ponto de explodir de desejo. Bem, o certo foi que numa tarde de domingo lá fomos nós. Pegamos o trem, o famoso FEPASA e estávamos bem tranquilo num dos vagões, quando de repente entra uns quatro elementos e caminham pelo interior só de olho nos passageiros e numa estação qualquer eis que só senti um tapa certeiro no meu braço esquerdo e o meu relógio já estava em poder do larápio que correu para o outro vagão. Quer dizer, já era. Não adiantava lamentar e muito menos ficar nervoso. Foi tudo tão rápido que a minha namorada nem percebeu o roubo. Depois tudo foi revelado, mas a estas altura já estávamos bem próximo do local onde iríamos passar alguns momentos prazerosos. Pois como antes eu só pensava com os meus botões: " não vejo a hora" de ficarmos a sós num motel e consumar o que pretendemos, neste momento realizávamos o nosso desejo, mas só que, literalmente, não víamos a hora de terminar. Como naquele tempo não havia celular e eu estava tão acostumado com o relógio, ao olhar para o meu braço esquerdo só via a marca para lamentar. É a vida.

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 18/02/2024
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