LIBERDADE
A busca pela liberdade, sentimento inerente a todo animal é, talvez, o mais caro em nossa Espécie.
A liberdade de movimentos que se revela desde a mais tenra idade quando ainda nem aprendemos a andar direito se transforma no direito de ir e vir que o legislador colocou como cláusula pétrea na constituição, mas liberdade, não é só isso.
Como tudo na vida, a todo direito corresponde um dever e a nossa liberdade está atrelada à responsabilidade pelos atos e limitada pelo direito alheio.
Por definição nós somos seres sociais.
Em toda sociedade, por mais rudimentar e primitiva que possa parecer, há organização com os status e papéis definidos pelas aptidões, há lideranças e liderados e é neste detalhe que reside a necessidade de termos eterna vigilância para a manutenção da nossa liberdade individual e a liberdade decisória da coletividade.
O ideal de autodeterminação contido na ideia de liberdade individual, ou coletiva, está permanentemente sob ameaça de ser solapada porque sempre haverá alguém dentro do grupo social com a predisposição para se impor como tutor de tudo e de todos, como detentor da capacidade de discernir o que é certo e o que é errado, de determinar o que cada um deve e o que não deve fazer, saber e até o que comer.
Como naquela historinha dos três cães de países diferentes (bem nossos conhecidos).
O primeiro cão falou: no meu país, se eu latir mais alto vem alguém e me dá um pedaço de carne...
O segundo cão perguntou: o que é carne?
O terceiro cão perguntou: e o que é latir?