Série – Curiosidades Literárias – Cap.#02 – Crônica: “Elementar meu caro Watson!” – Renato Cardoso

Fonte: www.entrepoetasepoesias.com.br/literaweb

Sabe aqueles dias que você procura por algo e não encontra por nada?! Que chega a fazer promessa a São Longuinho e promete o tal dos três pulinhos?! Então, foi isso que aconteceu naquele sábado pela manhã.

Acordei e lembrei que necessitava enviar um documento para validação de um certificado de um curso que fiz, revirei todas as pastas e gavetas atrás do bendito documento e nada… Tudo que eu precisava era de um detetive, estilo Sherlock Holmes.

Precisava procurar por pistas, coisas que me levassem até o material necessitado, a memória estava falha (reconheço que não sou tão organizado quanto deveria ser). Minhas filhas me ajudaram a procurar. Olhei para o cabideiro e vi minha boina, lembrei novamente do famoso detetive.

A minha filha mais velha olhou para o alto do guarda-roupa e viu uma caixa e falou: “pai, não está naquela caixa ali não?”. Esqueci daquela caixa, olhei e respondi: “Elementar meu caro Watson”. Ela me olhou estranho, não entendendo nada. “Quem é Watson, pai? Meu nome é Helena, esqueceu?!”.

Primeiro olhei se o documento estava lá e, graças a Deus, estava. Depois, resolvi explicar a ela quem era o tal do Watson, que ela tanto estranhou. Mas como a explicação para uma criança nunca para num simples “ele era amigo do Sherlock Holmes”, tive que explicar toda a história do detetive mais famoso da literatura.

Depois do bate-papo e de, finalmente, enviar o documento, fiquei com a imagem e com a famosa frase do Sherlock Holmes na minha mente. Apesar de ter lido, alguns livros do Sir Arthur Conan Doyle, não me lembrava de ter lido a famosa frase.

“Elementar meu caro leitor!”. Realmente não li, pois a famosa citação não faz parte da obra original. Ela apareceu pela primeira vez no filme “O Retorno de Sherlock Holmes”, lançado em 1929 e dirigido por Basil Dean. Foi o primeiro filme do detetive de Conan Doyle na era falada do cinema.

O enredo foi baseado em dois contos do autor britânico: “O Detetive Moribundo” e “Seu Último Arco”, que conta a história do capitão Longmore, encontrado morto pela polícia, que desconfia do seu filho Roger, prometido em casamento a filha do Dr. Watson.

O caro Watson pede a Holmes que investigue o caso a fim de descobrir a verdade. O famoso detetive embarca num transatlântico atrás do Dr. Moran e do professor Moriaty (mandante do crime). E o final?!

O final não vou contar, caros amigos. Leiam os contos ou assistam o filme, mas deixo um spoiler: Sherlock Holmes sempre resolve seus casos. A manhã de sábado estava terminando e outros problemas tinham que ser resolvidos, esperava ter a mesma eficácia de Sherlock Holmes.

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