Segundo dia do ano
Mais um dia de estágio. Dessa vez, tudo se renova, ou, ao menos, meu positivismo se faz presente. Não fazem dois dias que trocamos o 7 pelo 8 no calendário, e já estamos de volta às mesas com papéis a serem preenchidos e corrigidos, além dos telefonemas que nos tiram do sério por se fazerem obrigatórios os atendimentos aos clientes...normal.
O estágio torna-se feliz por se ter um tímida companhia. Para falar a verdade, ela está localizada na sala ao lado. Apenas uma parede e uma divisória fazem esquina com sua escrivaninha, onde o olhar se entorna a cada vez que me desloco...ou não.
A atenção não precisa ser chamada. Nem mesmo minha presença estimula a alegria vivida uma semana antes na qual saimos para comemorar um dos quatro dias de folga por ser final de ano. Afinal, será que a concentração no trabalho poderá ser a mesma após tanta ilusão gerada para amenizar minha vontade de dizer o que realmente sinto escondido entre essas três paredes (e uma divisória)?
Sim, digamos. Não, tenhamos certeza. Enquanto isso...mais uma vez o telefone toca.