Uma grande aventura.

A vida não tem mesmo um plano traçado.

Hoje sai de casa para uma festa na escola de recepção dos alunos para a volta as aulas. Tudo correu tudo bem até a hora do almoço. Quando fui em casa almoçar e retornei, ao descer do carro na porta do evento ouvi um som como de pano rasgando. Foi então que percebi que a alça do meu vestido estava por um fio.

Pedi permissão e fui em casa trocar de roupa. Retorno ao evento e corre tudo bem até o fim do dia.

Chego em casa e meu pai me pede para levá-lo a igreja pois ele participaria de um retiro. Assim eu fiz. Até que percebi que tínhamos oferecido carona para um amigo dele. E eu havia esquecido de passar na casa dele. Faço o retorno e vamos buscá-lo. Chove copiosamente.

Ao chegar na igreja descobrimos que a kombi que levaria meu pai está lotada. Meu pai então me pede para levá-lo até o local do sítio. Um bairro distante.

Concordo, meio temerosa. Pois o local é acesso por pista dupla, região rural, chove absurdamente forte, é a luz do ABS do meu carro acende.

Desisto de levá-los, além do fato de que voltaria a noite, chovendo, sozinha e sem freio.

E então que o amigo do meu pai me diz que esqueceu o celular no carregador, e ele mora sozinho. A casa dele poderia incendiar. Volto com ele e vamos até a casa buscar o celular. E da igreja eles dariam um jeito de ir ao sítio.

Ao chegar na casa dele, nos deparamos com o pneu furado.

Sim! Minha gente!

Aqui começa a verdadeira saga.

A chuva parou, graças a Deus.

Porém não consigo trocar o pneu, nem ele, um senhor com dificuldade visual e de 70 anos. Meu pai havia ficado na igreja, mas as características são as mesmas do amigo, apenas mais jovem 66 anos.

Ele então chama um vizinho, um senhorzinho de cabelos brancos bem prestativo. Porém ele também não consegue trocar meu pneu, usaram de tudo que foi jeito, meu coração foi na boca. Meu qq de suspensão frágil sendo tratado daquele jeito, mas eu estava recebendo ajuda, só posso mesmo agradecer.

Por fim dou a ideia dele usar o calibrados e encher até eu conseguir chegar em casa.

Para isso tive que dá ré uns 20 metros e desviar de obstáculos, além de passar por quebra molas.

Estão curiosos pra descobrir o fim dessa história?

O calibrados deu certo e ao chegar na rua da minha casa encontro o borracheiro fechando os portões, entro desesperada como alguém que se atrasa para o Enem. Peço pelo amor de Deus por ajuda!

O moço se compadece.

Espero um bom tempo até que ele terminasse de atender os outros clientes, por fim ele começa meu atendimento.

Mas, o ponto onde está o carro está no escuro, eu não consigo mais mover o carro o pneu arriou totalmente.

Ligo a lanterna do celular para ajuda-lo nesta hora minha mãe começa a ligar e enviar mensagem, quer saber sobre a mala do meu pai.

Não consigo atendê-la, porque toda vez que faço isso, o homem fica na escuridão. Desisto de falar com ela.

O moço então termina o serviço. Hora de pagar.

Quando abro o aplicativo do banco, meu celular começa a tocar, desligo, ele toca novamente. É um menino da igreja oferecendo ajuda. Mas eu digo que preciso pagar já falo com ele.

Tento pagar novamente. O portão se abre.

É o amigo do meu pai, aquele do celular. Pergunta: É aqui que está a menina que o pneu do carro furou?

Sim, levanto à mão.

O celular toca novamente. Pronto! Agora preciso atender o celular, pagar com o aplicativo e atender o amigo.

E eu só queria a minha casa!

Consigo resolver tudo. Todos querem a mala do meu pai.

Digo que vou levar até a igreja.

O amigo do meu pai me conta que ele foi em casa pôs as coisas na bicicleta e foi em direção a igreja, mas a rua do trajeto estava sem luz e eles com problemas na visão foi batendo em tudo que foi canto até chegar lá.

Eu chego na igreja, entrego a mala, conto toda essa história. Uma aventura!

Me despeço e vejo o amigo do meu pai chegando com a bicicleta.

Meu pai me diz: __ Filha não tem como o (amigo) levar a bicicleta, ele não tem o de deixar, a igreja já fechou.

Digo: __ Pai sinto muito, mas no meu carro também não dá ( o quê é verdade).

Eles ficam de deixar na casa de uma vizinha, e eu venho embora, pois não contei a vocês mas havia saído de casa com vontade de fazer xixi, e pensei que como só levaria 5 minutos pra levar meu pai faria na volta. E se passaram 2 horas e pouca nesta aventura.

E sim, passo em frente a rua da casa do amigo do meu pai e está tudo escuro sem luz.

Que aventura não é mesmo!

flor de inverno
Enviado por flor de inverno em 12/02/2024
Código do texto: T7997719
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