QUANDO E ONDE FOI QUE BOLSONARO ERROU?
O mês de fevereiro de 2024 com certeza entrará para a História
E o nome “TEMPUS VERITATIS” foi, sem dúvida, a “Hora da Verdade” a que preciso se fez para que todos soubessem de fatos que, até então, muitos só suspeitavam, ou outros procuravam negá-los (ou, mais ainda, escondê-los).
Pois bem, antes de dar início ao que será lido, tomo a liberdade de dizer que sou um jogador obstinado de xadrez e damas, embora meu “adversário” é, na maioria das vezes, uma IA (inteligência artificial), a ser um aplicativo de celular (ou no computador mesmo). Um programa muito bem desenvolvido onde é possível jogar com quatro “oponentes” em seus níveis: “Fácil”, “médio”, “difícil” e “especialista”. Sendo que dou preferência a disputar só com os níveis “difícil” e “especialista”, até mesmo para “aprender” com eles.
E quando eu perco qualquer partida que seja sempre retrocedo as jogadas realizadas em seus movimentos (a ser um recurso do programa) para poder ver onde e quando eu errei, ou qual (e quando) foi o meu “erro fatal”. Interessante que muitas vezes percebo que a “jogada” que deu início à minha derrota foi justamente a primeira (ou certo movimento [errado] o qual fiz no início das partidas).
Então, na vida é assim igualmente, onde nenhuma infelicidade se colhe à toa. Basta ter um olhar voltado para o passado ao que se possibilitará o reconhecimento de onde (e quando) errou.
Convido agora o leitor a analisarmos um pouco a respeito dos “movimentos” realizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o qual, certamente deve estar refletindo consigo neste tempo e se perguntando: - Onde foi que eu errei? Qual e quando foi o meu “erro fatal”? Ou quais foram meus erros?
Pois então, aqui eu anexei alguns que, a meu ver, foram cruciais para a sua derrota (à qual foi para ele mais que uma "simples derrota", foi uma grande "humilhação"). A se saber que, de certa forma, tudo se somou contra ele.
PRIMEIRO ERRO:
Teria sido uma jogada inteligente ter tirado o juiz Sérgio Moro da “Operação Lava Jato”? A se saber que este nome veio no início de seu Ministério (em sua primeira formação). E lembrando-se aqui que em 2018 Lula estava na cadeia, ainda que o candidato opositor era Fernando Haddad . Pois bem, não estou dizendo que o Sr. Sérgio Moro iria impedir a soltura de Lula, mas certamente seria [isto] mais difícil.
Bom, sabemos que o ministro do STF, Luís Edson Fachin foi o principal responsável pela anulação de todas as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, em suas ações penais implicadas contra Lula. E aí alguém dirá:
- Qual o motivo que o levou a agir assim?
E a resposta é:
- A revolta dos Ministros do STF contra Bolsonaro, já que este travou uma guerra contra eles, e identificando-os como seus “INIMIGOS MORTAIS”. Ou seja, algo a mais a somar na serie de erros de Bolsonaro na “linha do tempo”.
SEGUNDO ERRO:
Bolsonraro queria ser um autocrata, a não querer (de form’alguma) dividir com ninguém os demais poderes. Na verdade, estou usando o termo “autocrata” para não dizer “ditador”. Estimado leitor, para quem sabe como são as relações entre milicianos, será que ele não teria sido ingênuo em desta forma se portar? É verdade, no jogo da política só sobrevive quem se alia a poderosos, mas certamente pagará alto preço caso queira “competir” com os demais (que também são poderosos).
Vejamos bem, Bolsonaro quis se aliar a alguns nomes influentes, tais como donos e chefes de igrejas, na verdade só as evangélicas, considerando que se trata de uma grande "manada de eleitores" (e que são fáceis de manipular) , buscou apoio com nomes da Mídia, entre artistas, jogadores de futebol e outros desportos, cantores da música sertaneja, mas tais pessoas não são “chumbo grosso” como os representantes dos outros Poderes (Judiciário e Legislativo), ainda que representasse uma boa fatia na questão eleitoral.
Raciocinemos: Se ele tivesse feito aliança e, principalmente, tendo um bom relacionamento com os demais Poderes, acredito que dificilmente [ele] perderia a eleição. E por quê? Simplesmente porque [ele] estaria realmente “forte”, já que estes o apoiariam. Oh! cá pra nós, meu amigo: Bolsonaro quis fazer muitos inimigos [com os quais não deveria ter feito]. É aquilo que eu quis dizer com relação a milicianos: a pessoa acaba uma hora morrendo por algum deles se desejar o poder somente para si. E na Zona Oeste do Rio (onde fica sua residência) ele sabia muito bem disso (ainda na área nobre do mencionado espaço). E interessante que até nomes que o apoiaram na primeira eleição mais tarde ele anexou em sua lista de "persona non grata" , (para não dizer “inimigo”). Um bom exemplo foi o ex-governador de São Paulo, João Dória.
Então, exemplos claros de que ele queria ser um autocrata não faltaram. A começar que seus ministros tinham um “poder limitado” de ação, razão pela qual o próprio Sérgio Moro não quis permanecer. Meu amigo, num espaço complexo faz-se preciso contar com a competência de seus assessores, considerando que nem de tudo o Presidente entende.
O que muito se evidenciou durante a Pandemia da COVID-19, que, diga-se de passagem, foi onde ele errou demais. A começar por ter sido um assumido negacionista, além de ter nomeado pessoas incompetentes para o Ministério da Saúde, como foi o caso do general Eduardo Pazuello, uma pessoa que não sabia nem quantas gotas de Dipirona pode ser dado para um paciente com febre.
TERCEIRO ERRO:
A sua postura durante a pandemia da COVID-19 foi uma verdadeira indecência e uma total falta de respeito, fato que se deu com seus deboches, sarcasmos e “gracinhas”. Caríssimo leitor, tomo a liberdade de dizer que Bolsonaro perdeu a melhor e maior chance de sua vida de receber o título de “herói nacional” ou um dos melhores Presidentes do Brasil, caso tivesse agido como um Presidente de fato e não como um palhaço. Contudo, preferiu ser o vilão da estória. A se lembrar que ele demonstrou total indiferença com o que estava havendo. Recusou as vacinas o quanto pôde, disseminou desinformações com relação ao vírus, como também às própria vacinas, negou as medidas de prevenção, não estando nem aí para o que estava havendo. Em poucas palavras, ele simplesmente abandonou o povo naquele período. Ah, confesso que este foi meu principal motivo pelo qual não votei nele. E o que não dizer a respeito do “KIT CLOROQUINA”? Prefiro não prolongar quanto a isto!
QUARTO ERRO:
A divulgação de que o sistema da “urna eletrônica” não era confiável foi algo que levou muitos à reflexão, considerando que não faria nenhum sentido dele duvidar de sua credibilidade, a se saber que ele foi eleito por ela, assim como seus filhos.
E no que [ele] propagou sobre o sistema eleitoral e, principalmente, após ter organizado (e realizado) um evento a que reuniu embaixadores de diversos países no dia 18 de julho de 2023, a fim de colocar em suspeita a “urna eletrônica”, tal feito foi mais tarde um “tiro no pé”, mas cuja bala atingiu seu coração. E este foi o motivo que causou sua inelegibilidade por 8 anos, em decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por maioria de votos (5 a 2), onde ficou reconhecido seu “abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação”.
Agora, raciocinemos um pouco mais: será que colocar a credibilidade das urnas já não estava na "arquitetura de seu golpe", e deste modo dizer que a elelição seria uma fraude caso ele perdesse (como realmente perdeu)? Vejamos bem: todos os seus "cegos e apaixonados adoradores" não cansam de espalhar que houve fraude nesta eleição à qual ele foi derrotado (e só nesta!).
QUINTO ERRO
Pois bem, se é mais coisas que mais se viu durante a gestão de Bolsonaro foi a divulgação de notícias falsas (fake news) e a prática de desinformação, principalmente por meios eletrônicos. Não quero aqui me estender pelo que já é sabido de todos. Foi uma chuva de mentiras, além de ódios e intolerância ideológica propagados, razão pela qual dividiu o país.
FINALIZANDO
Caríssimo leitor, é claro que se tivesse que ser colocado todos os erros cometidos neste “tabuleiro”, certamente não pararia por aqui. E a se saber que outros vieram à tona até mesmo depois da perda de sua eleição. Bolsonaro se envolveu em coisas que ele próprio poderia ter evitado, a se lembrar do caso das joias no aeroporto internacional de Guarulhos, a que foram apreendidas pela Receita Federal. E o que revelado foi a respeito de sua utilização da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), que, por mais que tentou se encobrir acabou sendo revelado.
E aqui eu me lembro o que nos disse Cristo: “Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz” (Lucas 8:17).
É isso aí! E em todas as mídias se divulga um vídeo de uma reunião que ele mesmo fez, junto com seus aliados a ser uma “confissão a céu aberto” (nas palavras do Ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias) de que ele pretendia dar um golpe de Estado. Um vídeo que colocou às claras a pessoa do Sr. Jair Bolsonaro.
E neste instante eu pergunto ao leitor:
- Você aprova este tipo de conduta, de alguém querer adquirir o poder a partir de um “golpe de Estado”? Você concorda com tais meios?
Se a resposta for "sim", tomo a liberdade de lhe fazer outra pergunta:
- Como seria a postura dos demais países (de regime democrático, como por exemplo, os EUA, Inglaterra, França, Alemanha, Japão e outros) com o Brasil se o Poder tivesse sido adquirido a partir de um "golpe de Estado"? Sim, como seria a relação de tais países com o Brasil? Será que algum deles iria querer ser parceiro do Brasil? Eu duvido. E então, já raciocinou quanto a isto?
E para não dizer que tais pontos de vista acima não são os mesmos de quem a ele é simpatizante, reuni aqui alguns, que são de nome de sua confiança, Valdemar Costa Neto (PL), o qual aponta, em sua opinião vários erros cometidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, sendo que alguns foram ”fatais”:
“O Bolsonaro ganharia a eleição no primeiro turno se não tivesse errado no primeiro ano e meio. Ganharia eleição no primeiro turno com tranquilidade. O Lula teve uns 20% dos votos de gente que odiava o Bolsonaro”
“Ele fazia os comentários dele, não tomar vacina e tudo mais. Isso atrapalhou. Esse erro de comunicação levou ele à derrota, porque o Bolsonaro naquele período assustava principalmente as mulheres. Perdeu uns 20 milhões de votos”.
“O Bolsonaro só não foi reeleito pelos erros que ele cometeu no começo do governo, quando estava sozinho, só apoiado por generais. Esse pessoal atrapalhou muito a vida dele. Ele não podia ter feito, por exemplo, o que ele fez com a imprensa”,
"Bolsonaro teve um erro de comunicação no início do governo, na vacina. E isso custou muito. Se não fosse o erro de comunicação que ele teve, ele ganharia a eleição no primeiro turno”
“E na pandemia ele errou demais. E quando eu vi o PT colocando as manifestações dele (Bolsonaro) da pandemia, aquilo foi mortal”
“Eu tenho a impressão que ele tem (consciência) porque não cometeu mais esses erros depois. Ele evitava. Esses erros eram imperdoáveis. O povo não perdoou ele”.
Outro apoiador do ex-presidente, mas que percebeu falhas seja na campanha ou mesmo em sua gestão, foi o governador de Minas Gerias, Romeu Zema, o qual chegou a afirmar que Bolsonaro "perdeu para ele mesmo". E assim foram suas palavras em uma entrevista ao Jornal "O TEMPO": "O presidente Bolsonaro teve uma infelicidade muito grande principalmente na comunicação" ... "Teve bons resultados, mas sempre causando muitos ruídos, um desgaste desnecessário. Mais do que ter perdido para o próprio candidato Lula, o presidente Bolsonaro perdeu para si mesmo, devido à forma de condução da comunicação". Ao que completou: "Durante a pandemia, a comunicação do governo federal deixou muito a desejar. Quando você está lidando com algo que não conhece, é bom não menosprezar, você está menosprezando algo que alguém está aflito em relação àquilo e acaba tendo um reflexo negativo...".
Clik no link: https://www.youtube.com/watch?v=h8J37aJsuTk
Meu amigo, resumindo, Bolsonaro não tem que colocar a culpa em ninguém senão nele mesmo. Sim, de erros sucessivos que ele próprio cometeu, e, diga-se de passagem, desde o início de seu mandato.
E SE...
E das perguntas que ficam tomando como base o que foi visto em sua linha do tempo:
E se ele procurasse ter sido um Presidente “junto com os demais Poderes” (e não sendo inimigo deles) não teria sido melhor [para ele]?
E se ele tivesse dado liberdade de ação para seus ministros, e assim não os impedindo de exercerem seus projetos, não teria sido mais sensato? Sim, e não querer se colocar naquela condição de que "aqui quem mando sou eu"!?
E se durante a pandemia da COVID-19 ele tivesse compaixão das pessoas, ao que suas vidas lhes importariam não poderia ter [ele] sido o “herói da nação”? Meu prezado, em algumas escolas da Europa o nome dele já é citado como "exemplo de quem foi negacionista no mundo" (como na Noruega, por exemplo, já está nos livros de História)
Se não buscasse promover desinformação com relação às urnas eletrônicas, ao que não ofenderia o sistema eleitoral, não teria sido [para ele] uma jogada mais acertada? A se lembrar de que ele não apresentou nenhuma prova a respeito das urnas.
Se ao invés de ficar fazendo “motociatas” (e desfilando como um playboy) pelas ruas e avenidas nas grandes metrópoles, e se empenhasse em assuntos relevantes e urgentes (como, por exemplo, a implantação da “reforma tributária”) não teria sido melhor para a sua imagem (como Presidente da República)?
E não teria sido mais nobre de sua parte se não tivesse "usado" dos evangélicos (ou outras denominações religiosas) a fim de [somente] obter votos? Tal conduta consistiu em infringir o "Segundo Mandamento": "Não pronunciar o nome de Deus em vão". Ou seja, não se deve usar da religião ou da fé a fim de obter benefícos pessoais.
Caríssimo leitor, não tenho nenhum prazer em falar a respeito dos evangelicos desta forma, mas gostaria muito que [eles] "abrissem seus olhos". Oh! é como eu digo: a religião boa é aquela que te ensina "a pensar" e não "no que pensar". Não permita ser [por alguém] "manipulado", a fazer de ti uma marionete. Não deixe que alguém te faça de bobo. E será que os evangélicos (assim como outros) não estão se portando como "ridículos idólatras" com relação ao nome dele? É isso mesmo, estão o "idolatrando", como se [ele] fosse um deus, a ponto de se portarem visivelmente como "fanáticos". E só para que que seja bem lembrado o que diz o "Primeiro Mandamento": "Não terás outros deuses diante de Mim" ... "Não te inclinarás diante destes deuses e não os servirás" (Êxodo 20: 2 -5).
E se ao invés de criar inimigos e brigas (seja no meio político, seja com entidades, tais como a Globo) não teria mais proveitoso (tanto para ele, como [e, sobretudo] para o país)?
E se ele tivesse devolvido as joias (ou feito de acordo com a Lei) não mostraria que estava sendo honesto? Sim, ele que tanto mencionava o seu principal oponente como “ladrão”!?
É isso aí, meu caro, estamos acompanhando ao vivo e a cores o que nossos filhos estudarão nas salas de aula daqui pra frente. É a História a s’escrever no tempo...
E agora eu fico me perguntando se o ex-presidente não estaria fazendo aquelas perguntas:
"Onde foi que eu errei?"
"Quando foi que eu errei?"
E meditando no que foi dito (e, sobretudo, comprovado), fico-me a perguntar agora:
E então, será que ele se arrependeu... de seus erros?
Será que se o tempo voltasse ele faria tudo ... diferente?
Bom, vou ficando por aqui. O computador me chama agora para uma partida de xadrez. Sim, o xadrez está me chamando (o jogo aqui em minha casa). Já o "outro xadrez" deve também estar esperando "pelo outro" (que não sou eu!)
10 de fevereiro de 2024
IMAGENS: INTERNET (sendo por mim organizadas)
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
QUANDO E ONDE FOI QUE BOLSONARO ERROU?
O mês de fevereiro de 2024 com certeza entrará para a História
E o nome “TEMPUS VERITATIS” foi, sem dúvida, a “Hora da Verdade” a que preciso se fez para que todos soubessem de fatos que, até então, muitos só suspeitavam, ou outros procuravam negá-los (ou, mais ainda, escondê-los).
Pois bem, antes de dar início ao que será lido, tomo a liberdade de dizer que sou um jogador obstinado de xadrez e damas, embora meu “adversário” é, na maioria das vezes, uma IA (inteligência artificial), a ser um aplicativo de celular (ou no computador mesmo). Um programa muito bem desenvolvido onde é possível jogar com quatro “oponentes” em seus níveis: “Fácil”, “médio”, “difícil” e “especialista”. Sendo que dou preferência a disputar só com os níveis “difícil” e “especialista”, até mesmo para “aprender” com eles.
E quando eu perco qualquer partida que seja sempre retrocedo as jogadas realizadas em seus movimentos (a ser um recurso do programa) para poder ver onde e quando eu errei, ou qual (e quando) foi o meu “erro fatal”. Interessante que muitas vezes percebo que a “jogada” que deu início à minha derrota foi justamente a primeira (ou certo movimento [errado] o qual fiz no início das partidas).
Então, na vida é assim igualmente, onde nenhuma infelicidade se colhe à toa. Basta ter um olhar voltado para o passado ao que se possibilitará o reconhecimento de onde (e quando) errou.
Convido agora o leitor a analisarmos um pouco a respeito dos “movimentos” realizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o qual, certamente deve estar refletindo consigo neste tempo e se perguntando: - Onde foi que eu errei? Qual e quando foi o meu “erro fatal”? Ou quais foram meus erros?
Pois então, aqui eu anexei alguns que, a meu ver, foram cruciais para a sua derrota (à qual foi para ele mais que uma "simples derrota", foi uma grande "humilhação"). A se saber que, de certa forma, tudo se somou contra ele.
PRIMEIRO ERRO:
Teria sido uma jogada inteligente ter tirado o juiz Sérgio Moro da “Operação Lava Jato”? A se saber que este nome veio no início de seu Ministério (em sua primeira formação). E lembrando-se aqui que em 2018 Lula estava na cadeia, ainda que o candidato opositor era Fernando Haddad . Pois bem, não estou dizendo que o Sr. Sérgio Moro iria impedir a soltura de Lula, mas certamente seria [isto] mais difícil.
Bom, sabemos que o ministro do STF, Luís Edson Fachin foi o principal responsável pela anulação de todas as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, em suas ações penais implicadas contra Lula. E aí alguém dirá:
- Qual o motivo que o levou a agir assim?
E a resposta é:
- A revolta dos Ministros do STF contra Bolsonaro, já que este travou uma guerra contra eles, e identificando-os como seus “INIMIGOS MORTAIS”. Ou seja, algo a mais a somar na serie de erros de Bolsonaro na “linha do tempo”.
SEGUNDO ERRO:
Bolsonraro queria ser um autocrata, a não querer (de form’alguma) dividir com ninguém os demais poderes. Na verdade, estou usando o termo “autocrata” para não dizer “ditador”. Estimado leitor, para quem sabe como são as relações entre milicianos, será que ele não teria sido ingênuo em desta forma se portar? É verdade, no jogo da política só sobrevive quem se alia a poderosos, mas certamente pagará alto preço caso queira “competir” com os demais (que também são poderosos).
Vejamos bem, Bolsonaro quis se aliar a alguns nomes influentes, tais como donos e chefes de igrejas, na verdade só as evangélicas, considerando que se trata de uma grande "manada de eleitores" (e que são fáceis de manipular) , buscou apoio com nomes da Mídia, entre artistas, jogadores de futebol e outros desportos, cantores da música sertaneja, mas tais pessoas não são “chumbo grosso” como os representantes dos outros Poderes (Judiciário e Legislativo), ainda que representasse uma boa fatia na questão eleitoral.
Raciocinemos: Se ele tivesse feito aliança e, principalmente, tendo um bom relacionamento com os demais Poderes, acredito que dificilmente [ele] perderia a eleição. E por quê? Simplesmente porque [ele] estaria realmente “forte”, já que estes o apoiariam. Oh! cá pra nós, meu amigo: Bolsonaro quis fazer muitos inimigos [com os quais não deveria ter feito]. É aquilo que eu quis dizer com relação a milicianos: a pessoa acaba uma hora morrendo por algum deles se desejar o poder somente para si. E na Zona Oeste do Rio (onde fica sua residência) ele sabia muito bem disso (ainda na área nobre do mencionado espaço). E interessante que até nomes que o apoiaram na primeira eleição mais tarde ele anexou em sua lista de "persona non grata" , (para não dizer “inimigo”). Um bom exemplo foi o ex-governador de São Paulo, João Dória.
Então, exemplos claros de que ele queria ser um autocrata não faltaram. A começar que seus ministros tinham um “poder limitado” de ação, razão pela qual o próprio Sérgio Moro não quis permanecer. Meu amigo, num espaço complexo faz-se preciso contar com a competência de seus assessores, considerando que nem de tudo o Presidente entende.
O que muito se evidenciou durante a Pandemia da COVID-19, que, diga-se de passagem, foi onde ele errou demais. A começar por ter sido um assumido negacionista, além de ter nomeado pessoas incompetentes para o Ministério da Saúde, como foi o caso do general Eduardo Pazuello, uma pessoa que não sabia nem quantas gotas de Dipirona pode ser dado para um paciente com febre.
TERCEIRO ERRO:
A sua postura durante a pandemia da COVID-19 foi uma verdadeira indecência e uma total falta de respeito, fato que se deu com seus deboches, sarcasmos e “gracinhas”. Caríssimo leitor, tomo a liberdade de dizer que Bolsonaro perdeu a melhor e maior chance de sua vida de receber o título de “herói nacional” ou um dos melhores Presidentes do Brasil, caso tivesse agido como um Presidente de fato e não como um palhaço. Contudo, preferiu ser o vilão da estória. A se lembrar que ele demonstrou total indiferença com o que estava havendo. Recusou as vacinas o quanto pôde, disseminou desinformações com relação ao vírus, como também às própria vacinas, negou as medidas de prevenção, não estando nem aí para o que estava havendo. Em poucas palavras, ele simplesmente abandonou o povo naquele período. Ah, confesso que este foi meu principal motivo pelo qual não votei nele. E o que não dizer a respeito do “KIT CLOROQUINA”? Prefiro não prolongar quanto a isto!
QUARTO ERRO:
A divulgação de que o sistema da “urna eletrônica” não era confiável foi algo que levou muitos à reflexão, considerando que não faria nenhum sentido dele duvidar de sua credibilidade, a se saber que ele foi eleito por ela, assim como seus filhos.
E no que [ele] propagou sobre o sistema eleitoral e, principalmente, após ter organizado (e realizado) um evento a que reuniu embaixadores de diversos países no dia 18 de julho de 2023, a fim de colocar em suspeita a “urna eletrônica”, tal feito foi mais tarde um “tiro no pé”, mas cuja bala atingiu seu coração. E este foi o motivo que causou sua inelegibilidade por 8 anos, em decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por maioria de votos (5 a 2), onde ficou reconhecido seu “abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação”.
Agora, raciocinemos um pouco mais: será que colocar a credibilidade das urnas já não estava na "arquitetura de seu golpe", e deste modo dizer que a elelição seria uma fraude caso ele perdesse (como realmente perdeu)? Vejamos bem: todos os seus "cegos e apaixonados adoradores" não cansam de espalhar que houve fraude nesta eleição à qual ele foi derrotado (e só nesta!).
QUINTO ERRO
Pois bem, se é mais coisas que mais se viu durante a gestão de Bolsonaro foi a divulgação de notícias falsas (fake news) e a prática de desinformação, principalmente por meios eletrônicos. Não quero aqui me estender pelo que já é sabido de todos. Foi uma chuva de mentiras, além de ódios e intolerância ideológica propagados, razão pela qual dividiu o país.
FINALIZANDO
Caríssimo leitor, é claro que se tivesse que ser colocado todos os erros cometidos neste “tabuleiro”, certamente não pararia por aqui. E a se saber que outros vieram à tona até mesmo depois da perda de sua eleição. Bolsonaro se envolveu em coisas que ele próprio poderia ter evitado, a se lembrar do caso das joias no aeroporto internacional de Guarulhos, a que foram apreendidas pela Receita Federal. E o que revelado foi a respeito de sua utilização da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), que, por mais que tentou se encobrir acabou sendo revelado.
E aqui eu me lembro o que nos disse Cristo: “Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz” (Lucas 8:17).
É isso aí! E em todas as mídias se divulga um vídeo de uma reunião que ele mesmo fez, junto com seus aliados a ser uma “confissão a céu aberto” (nas palavras do Ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias) de que ele pretendia dar um golpe de Estado. Um vídeo que colocou às claras a pessoa do Sr. Jair Bolsonaro.
E neste instante eu pergunto ao leitor: - Você aprova este tipo de conduta, de alguém querer adquirir o poder a partir de um “golpe de Estado”? Você concorda com tais meios?
Se a resposta for "sim", tomo a liberdade de lhe fazer outra pergunta:
- Como seria a postura dos demais países (de regime democrático, como por exemplo, os EUA, Inglaterra, França, Alemanha, Japão e outros) com o Brasil se o Poder tivesse sido adquirido a partir de um "golpe de Estado"? Sim, como seria a relação de tais países com o Brasil? Será que algum deles iria querer ser parceiro do Brasil? Eu duvido. E então, já raciocinou quanto a isto?
E para não dizer que tais pontos de vista acima não são os mesmos de quem a ele é simpatizante, reuni aqui alguns, que são de nome de sua confiança, Valdemar Costa Neto (PL), o qual aponta, em sua opinião vários erros cometidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, sendo que alguns foram ”fatais”:
“O Bolsonaro ganharia a eleição no primeiro turno se não tivesse errado no primeiro ano e meio. Ganharia eleição no primeiro turno com tranquilidade. O Lula teve uns 20% dos votos de gente que odiava o Bolsonaro”
“Ele fazia os comentários dele, não tomar vacina e tudo mais. Isso atrapalhou. Esse erro de comunicação levou ele à derrota, porque o Bolsonaro naquele período assustava principalmente as mulheres. Perdeu uns 20 milhões de votos”.
“O Bolsonaro só não foi reeleito pelos erros que ele cometeu no começo do governo, quando estava sozinho, só apoiado por generais. Esse pessoal atrapalhou muito a vida dele. Ele não podia ter feito, por exemplo, o que ele fez com a imprensa”,
"Bolsonaro teve um erro de comunicação no início do governo, na vacina. E isso custou muito. Se não fosse o erro de comunicação que ele teve, ele ganharia a eleição no primeiro turno”
“E na pandemia ele errou demais. E quando eu vi o PT colocando as manifestações dele (Bolsonaro) da pandemia, aquilo foi mortal”
“Eu tenho a impressão que ele tem (consciência) porque não cometeu mais esses erros depois. Ele evitava. Esses erros eram imperdoáveis. O povo não perdoou ele”
Meu amigo, resumindo, Bolsonaro não tem que colocar a culpa em ninguém senão nele mesmo. Sim, de erros sucessivos que ele próprio cometeu, e, diga-se de passagem, desde o início de seu mandato.
E SE...
E das perguntas que ficam tomando como base o que foi visto em sua linha do tempo:
E se ele procurasse ter sido um Presidente “junto com os demais Poderes” (e não sendo inimigo deles) não teria sido melhor [para ele]?
E se ele tivesse dado liberdade de ação para seus ministros, e assim não os impedindo de exercerem seus projetos, não teria sido mais sensato? Sim, e não querer se colocar naquela condição de que "aqui quem mando sou eu"!?
E se durante a pandemia da COVID-19 ele tivesse compaixão das pessoas, ao que suas vidas lhes importariam não poderia ter [ele] sido o “herói da nação”? Meu prezado, em algumas escolas da Europa o nome dele já é citado como "exemplo de quem foi negacionista no mundo" (como na Noruega, por exemplo, já está nos livros de História)
Se não buscasse promover desinformação com relação às urnas eletrônicas, ao que não ofenderia o sistema eleitoral, não teria sido [para ele] uma jogada mais acertada? A se lembrar de que ele não apresentou nenhuma prova a respeito das urnas.
Se ao invés de ficar fazendo “motociatas” (e desfilando como um playboy) pelas ruas e avenidas nas grandes metrópoles, e se empenhasse em assuntos relevantes e urgentes (como, por exemplo, a implantação da “reforma tributária”) não teria sido melhor para a sua imagem (como Presidente da República)?
E não teria sido mais nobre de sua parte se não tivesse "usado" dos evangélicos (ou outras denominações religiosas) a fim de [somente] obter votos? Tal conduta consistiu em infringir o "Segundo Mandamento": "Não pronunciar o nome de Deus em vão". Ou seja, não se deve usar da religião ou da fé a fim de obter benefícos pessoais.
Caríssimo leitor, não tenho nenhum prazer em falar a respeito dos evangelicos desta forma, mas gostaria muito que [eles] "abrissem seus olhos". Oh! é como eu digo: a religião boa é aquela que te ensina "a pensar" e não "no que pensar". Não permita ser [por alguém] "manipulado", a fazer de ti uma marionete. Não deixe que alguém te faça de bobo. E será que os evangélicos (assim como outros) não estão se portando como "ridículos idólatras" com relação ao nome dele? É isso mesmo, estão o "idolatrando", como se [ele] fosse um deus, a ponto de se portarem visivelmente como "fanáticos". E só para que que seja bem lembrado o que diz o "Primeiro Mandamento": "Não terás outros deuses diante de Mim" ... "Não te inclinarás diante destes deuses e não os servirás" (Êxodo 20: 2 -5).
Se ao invés de criar inimigos e brigas (seja no meio político, seja com entidades, tais como a Globo) não teria mais proveitoso (tanto para ele, como [e, sobretudo] para o país)?
E se ele tivesse devolvido as joias (ou feito de acordo com a Lei) não mostraria que estava sendo honesto? Sim, ele que tanto mencionava o seu principal oponente como “ladrão”!?
É isso aí, meu caro, estamos acompanhando ao vivo e a cores o que nossos filhos estudarão nas salas de aula daqui pra frente. É a História a s’escrever no tempo...
E agora eu fico me perguntando se o ex-presidente não estaria fazendo aquelas perguntas:
"Onde foi que eu errei?"
"Quando foi que eu errei?"
E meditando no que foi dito (e, sobretudo, comprovado), fico-me a perguntar agora:
E então, será que ele se arrependeu... de seus erros?
Será que se o tempo voltasse ele faria tudo ... diferente?
Bom, vou ficando por aqui. O computador me chama agora para uma partida de xadrez. Sim, o xadrez está me chamando (o jogo aqui em minha casa). Já o "outro xadrez" deve também estar esperando "pelo outro" (que não sou eu!)
10 de fevereiro de 2024