PEDRA NO SAPATO
Francisco de Paula Melo Aguiar
A grama quanto mais pisada mais cresce.
A grama nasce e próspera em qualquer lugar.
A grama é como ideologia que quando se pensa que ela foi extinta volta a brotar entre as pedras.
O que não falta é mito envolvendo a "grama" e a "pedra" no caminho ou no "sapato" de alguém que se ver impossibilitado de insistir para conquistar aquilo que lhe é possível conquistar.
Não é mito "para saber o que as pessoas pensam, preste atenção no que elas fazem, e não no que dizem", segundo nos ensina Descartes.
Sim! Isto é possível via uma diversidade de maneiras ou de condições, pode ser via os estudos, o trabalho incansável, a perseverança, a religiosidade, o carisma, a política, ação versus reação, o futebol, a empresa, a família, etc.
É mito também dizer que quanto mais se pisa na grama mais ela nasce, porque assim como o sal que uma vez pisado não serve mais para temperar, conservar ou dar gosto a "comida", assim é vento do pensamento humano diante de sua instabilidade.
O sal uma vez misturado a poeira e pisado pelos homens, perde o valor material e espiritual em se referindo a religiosidade pregada e a de fato praticada gerando hipócritas em qualquer atividade em quantidade, porém, sem qualidade.
Na política é aplicável tudo que envolve o termo "grama", alho semelhante à ideologia, uma coisa que poucos políticos carrerristas tem, trocam de partidos como se troca de roupas e que a corrupção é o sal pisado, aí perde o sabor.
A grama é pisada porque nem sempre é vista diante de sua "estatura".
A pedra no caminho é encontrada, pisada e jogada contra quem quer que seja na política, na religião, na indústria, no futebol, etc, desde que contrariem concorrentes presumíveis de planta (inclusive a grama) encontráveis em qualquer partidola de plantão no Brasil dos nossos dias, onde o dinheiro serve para tudo, inclusive para emular a salvação e o prestigio inexistente por momentos.
A massa não pensa, tem o comportamento semelhante ao gado na estrada das boiadas, é influenciada pelas redes sociais, pela imprensa escrita, visualizada, pela Tv e pela radiodifusão, muitas vezes aliciada e direcionada.
E isto é fato, porque "se dois indivíduos estão sempre de acordo em tudo, posso assegurar que um dos dois pensam por ambos", segundo nos informa Freud, o país da Psicanálise.
E isto é ainda que por analogia, a grama ou o sal da terra pisado, o que não deixa de ser uma "pedra" no caminho ou no sapato de alguém santo ou pecador que tem o exemplo de trabalho e realização via o passado ancestral ou não, ainda presente e que um simples discurso fabricado pela imprensa sensacionalista possa passar a borracha mágica ou imaginária, apagando assim o direito da massa parar e refletir para que o trem não esmague o presente, mate seu futuro e sepulte sua esperança.
E assim não é puro simulacro pensar que " o inferno são os outros" ,segundo Sartre.
Então qual a pedra no sapato?