A Conexão

Enquanto alguns se contentam com a sombra, recuso-me a aceitar a penumbra como destino. Buscar a luz tornou-se uma obsessão pessoal, uma jornada incessante por cada lampejo luminoso na escuridão aparentemente confortável. Muitos preferem espiar a vida através de fendas, mantendo-se prisioneiros de suas próprias limitações. No entanto, há aqueles que resistem, que ousam romper as correntes autoimpostas e enfrentar o brilho deslumbrante da verdadeira existência.

A espera por milagres divinos enquanto ouvimos líderes falhos distorcendo conceitos sagrados tornou-se uma escolha comum. São oradores virtuais, reunindo seguidores como se fossem rebanhos de cegos e surdos. Se Deus é onipotente e onipresente, por que, então, parece tão distante? Gritar aos quatro cantos revela um Deus que parece surdo, cego e ignorante, um ser cruel e vingativo. Na minha crença, Deus é benevolente para todos, indistintamente. O Sol e a escuridão, um teto igual para todos, onde não há espaço para separar a luz dos bons e a escuridão dos maus.

"Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente." Mateus 6:6

Mas, um dia, quem sabe, esses indivíduos arrebentarão as correntes que os prendem, e conhecerão o verdadeiro mundo que vivemos. Basta querer. A dualidade da busca pela luz, seja ela literal ou metafórica, reflete a complexidade da existência humana.

Por que, então, tantos preferem se conciliar com Deus em templos de pedra, construídos na imperfeição como sendo ali a casa divina onde Ele se manifesta? Por que não contemplar a natureza em sua perfeição divina, como o verdadeiro templo de Deus, cuja abóbada celeste se estende magnificamente sobre nós? Na minha concepção, Deus habita nesse lugar, onde Ele, como maestro e grande arquiteto do universo, realiza suas obras para serem contempladas e apreciadas como a perfeição do verdadeiro templo divino.

A ideia de encontrar Deus na perfeição da natureza, como o maestro e grande arquiteto do universo, reflete uma abordagem mais espiritual e panenteísta. Essa perspectiva está em linha com a crença de que a criação é uma expressão direta da divindade e que a conexão com Deus pode ser encontrada através da contemplação da natureza em sua beleza e complexidade. Cada indivíduo pode encontrar significado espiritual de maneiras diferentes, e para alguns, a natureza é, de fato, o templo mais autêntico para adorar e se conectar com o divino.

Nota: Esta reflexão é uma expressão filosófica pessoal sobre a minha visão individual em relação à espiritualidade e à divindade. Cada pessoa possui perspectivas únicas e diversas crenças, e o texto não tem a intenção de desrespeitar ou questionar outras interpretações religiosas. Trata-se apenas de uma reflexão pessoal sobre a busca da luz e a conexão com o divino, destinada a promover a compreensão e o respeito pela diversidade de opiniões.

Namaste. 🙏