A CULPA É DE PAULO FREIRE

Decerto seja mera impressão pessoal, anseio por isso, pois prefiro estar errado ao imaginar que aqueles textos magníficos próprios de escritores de escol estão desaparecendo. Os magistrais autores gerados por uma educação calcada na disciplina, na leitura contínua, no esforço de ir a fundo no aprendizado, sabendo interpretar textos com precisão e demonstrando interesse real em saciar a sede de sabedoria nos melhores mananciais da inteligência, receio aflito, tendem a desaparecer ante o passar do tempo.

Os professores contemporâneos, salvo maravilhosas exceções, especialmente nas escolas e universidades públicas, não mais ensinam a nível de outrora, não incentivam a boa leitura, não conceituam com exatidão os preceitos gramaticais e ortográficos, a exatidão matemática, os fundamentos da física e suas possibilidades, a realidade da biologia. Nesta, pasmo eu, transbordando ousadia impiedosa e absurda, mudaram, ou estão tentando, até mesmo os parâmetros naturais dos seres humanos. Politizaram a educação.

O resultado? Muitos alunos são graduados sem saber escrever adequadamente, carecem de eloquência, as quatro operações básicas da matemática lhes são desconhecidas, concatenar frases coerentes se mostra difícil, entre outros percalços que destroem o futuro da Nação. Os políticos de esquerda amam isso, infelizmente.

Sinceramente, eu não acredito mas teorias de Paulo Freire embora respeite quem pensa diferente, e já de antemão peço desculpas aos seus defensores, é apenas opinião íntima. Os da minha geração fomos educados pelo antigo e eficaz método de antigamente e, confesso, isso moldou nossas vidas e nos tornou cidadãos aptos para enfrentar com esmero as responsabilidades de carregar sobre os ombros os pilares do progresso, da ordem enda decência. Creiam, anelo profundamente estar equivocado, mas caso esteja correto meu coração chora.

Eu e meus pares de outrora preparamos nossa bagagem para a última viagem, tantos já se despediram, muitos estão comprando as passagens, em breve, provavelmente em trinta anos mais ou menos, não estaremos mais aqui, os nossos substitutos assumiram há algum tempo as diversas funções do futuro que chegou. Mostram-se preparados para gerenciar, administrar, levar o país ao melhor rumo, estão prontos para escrever excelentes livros, construir pontes, entre tantos outros itens necessários ao progresso de seu povo, e assumir a preparação das novas gerações para o próximo futuro? Com a educação atual, saudadas as abençoadas exceções, temo que não.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 07/02/2024
Reeditado em 08/02/2024
Código do texto: T7993954
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