*Minhas faces*
Ah! Já tive muitas faces, e cada uma delas representou uma fase da minha vida! Minha face de criança, por exemplo, além de alegre era minúscula o que, segundo as pessoas amadas, fazia-me parecer um anjinho.
Na fase de adolescência a face era emoldurada pelos cabelos fartos e uma expressão de curiosidade, característica de quem não admitia certezas e que vivia em busca de entender o porquê da censura no Brasil.
Aí veio a vida adulta e, com esta, um punhado de responsabilidades que definiam uma expressão séria; contudo, a esperança e o otimismo estavam no brilho do meu olhar.
Na face atual estão as marcas de uma vida, cuja estrada teve curvas sinuosas, subidas e descidas, pedras e terrenos arenosos, rodovias duplicadas e, essencialmente, as pontes pelas quais atravessei e cheguei onde estou.
O bom mesmo é que tenho a sensação de que ainda tenho um caminho a percorrer, com a felicidade estampada na face da experiência.
*Iêda Chaves Freitas*
06.02.2024