ESSE LOUCO, LOUCO MUNDO...

ESSE LOUCO, LOUCO MUNDO...

São raros os que ainda lembram da "febre" que invadiu a Internet em seus primeiros tempos, lá pelo ano 2000, 2005, por aí... todos ganhariam milhões, venderiam MILHÕES, teriam milhões de leitores ! Várias empresas investiram fortunas para criar sites delas, num tempo em que poucos entendiam de programação de computadores e cobravam caro por tal conhecimento. A decepção foi grande em quase todas as áreas, exceto a da MÚSICA, de cantores e instrumentistas. Esse pessoal estruturou-se, organizou-se, UNIU-SE em torno de sites e portais específicos e foi crescendo em número e variedade, quase decretando o fim das Rádio-emissoras comuns, que demoraram um bocado para migrarem para o novo "formato", o virtual,.. sem se desligar do estilo antigo. Hoje a categoria tem MILHÕES de ouvintes -- alguns chegaram ao BILHÃO de acessos -- conhece meios e modos de divulgar suas canções, seu "produto" e obtém retorno em "curtidas" e em "downloads" que apenas jogadores de futebol e modelos igualam ou superam. 

Enquanto isso, os ESCRITORES "patinam" todos esses anos num "limbo" virtual onde poucos leitores os encontram e a maioria "curte" seus textos lendo 3 ou 4 linhas somente, ou, pior, até mesmo sem os ler. Nos sobram -- nesse "vale de lágrimas" sem Futuro à vista -- um bocado de "experts" para nos ensinar COMO TRILHAR "o caminho das pedras" rumo AO SUCESSO ! Ora, se sabem como se chega ao topo, porque não estão nele ?! Nunca se viu tanta Editora virtual querendo imprimir nossas obras, COBRANDO por isso é claro, uma ou outra se oferecendo para fazê-lo DE GRAÇA, uma certa UICLAP entre elas... só não esclarecem como fazem tal "milagre" !

Estas "editoras de 1 homem só" não me preocupam, E-LIVRO ou "ebook" o próprio Autor pode postar, não precisa de "intermediários" para isso. Difícil é encontrar locais para DIVULGAR nossos escritos... os poucos que existem exigem pagamento, anual ou até mensal, ao contrário de cantores e músicos, com portais gratuitos aos montes. Contudo, o problema está no mundo das Editoras concretas, de sala e diretoria, além de funcionários, todos necessitando VIVER do que escrevemos, produzimos... tais empresas criaram "Código próprio" alheio ao bom-senso e aos DIREITOS (os legais, pelo menos) que regem contratos nas diversas categorias, principalmente no FUTEBOL. Nele, o jogador mais medíocre recebe, além do salário pelo clube, direitos DE IMAGEM via TVs e outros "jetons" por levar nas costas (e na "bunda") o nome dos patrocinadores. 

Com o escritor sucede o inverso... a "alegoria" abaixo reflete perfeitamente nossa "realidade":

"Miss Laurie Jeanne Simphson" precisou de um "bombeiro" que, no Brasil, é um serviçal pouco profissional que conserta "de tudo" numa casa, um "curioso" quase sempre... lhe apresentou sua proposta oficial, assim que este entrou na mansão.

-- "O senhor está na minha casa, SOU SUA DONA agora, tudo o que traz consigo ME PERTENCE pelo tempo que me servir, seja Conhecimento técnico, seus serviços e ferramentas. Como tenho "irmã gêmea" com igual nome -- em outra cidade, no sul dos EUA -- este contrato "se estende" à casa dela, pelo mesmo período e sem NENHUM ÔNUS de minha parte. É só assinar CONCORDANDO e pode começar seu trabalho" !  

É mais ou menos o que se tem HOJE no mercado editorial e vale para o Mundo inteiro... mesmo sem perspectivas de VENDER tua/minha obra após os 12 meses iniciais, tais Editoras exigem CONTRATO DE 2 ANOS, mantendo "a ferros" o Autor por outros 12 meses. Ainda que só ATUEM em meio país -- com 27 ou 51 Estados -- IMPEDEM o escritor de divulgar sua obra "na outra metade" da Nação imensa, Brasil ou USA, por exemplo. (OBS: a venda de nossos "ebooks" por elas caminha num Mundo nebuloso, onde não sabemos quantos "livros virtuais" foram efetivamente pagos, vale o que a Editora nos informar... e ponto final.)

Por uma questão de lógica -- e de LIBERDADE -- deveriam permitir ao Autor vender seu romance em concorrente NO OUTRO LADO do território onde a contratante atual NÃO ATUA, mas preferem tratar o escritor como mero escravo moderno. Se tal Editora tem filial em outro país -- na Europa, ou Ásia, talvez África -- com idioma diferente do que consta da obra já editada, ela poderá lançar nova TIRAGEM (?!) suponho que "aproveitando-se" do contrato vigente (no país anterior) ou, pior, "cedendo os direitos" dela sobre a obra do escritor para uma "coligada" qualquer, quem sabe uma A**@**N, por exemplo.

Sob qualquer ponto de vista isto seria entendido como PIRATARIA, ação lesiva ao Autor... acordem, não é mais ! Nos tais 2 ANOS de contrato -- no qual o escritor cedeu APENAS o direito DE CÓPIA dos seus Originais, de REPRODUÇÃO (aos milhares, que seja) daquele texto (r)estrito -- tal Editora (me parece que todas elas) imprime nos seus exemplares o "carimbo" de TODOS OS DIREITOS RESERVADOS e, a partir disso, quer "faturar" sobre filmes, audiobooks, novelas, peças de teatro, HQs (comic books), "doramas", figurinhas, posters, absolutamente tudo referente ao conteúdo editado... que Mundo é este, Copérnico, Galileu Galilei, Pascal ?! É o "novo UNIVERSO virtual", no qual o Sol gira em torno da Terra. E ái de quem DISCORDAR disso...     "NATO" AZEVEDO (em 6/fev. 2024, 6hs)