O Grande Amor
ADORO ler um romance ou assistir a um filme romântico que terminam com a mocinha e o mocinhos felizes para sempre. É o Theo end no final do filme. Leitura agradável ou sessão de cinema pipoca retemperam as forças.
Mas, gente, serão as histórias de final feliz as mais belas? Há controvérsias. Sérias. Sim porque há histórias de amor que são fascinantes mesmo sem terminar nos trinques. Exemplo: Romeu e Julieta, Florentino Ariza e Firmina Daza (só na velhice foram felizes), Marília e Dirceu, Anna Karenina, Madame Bovary, Tristão e Isolda, Otelo e Desdêmona, Dom Quixote, Rick e Ildefonso e Jivago e Lara.
Sim, sei que são histórias de ficção, mas tiradas da vida. Então o grande amor não é só aquele que termina feliz. Na verdade o amor não tem limitação e nem medida. Dizia Santo Agostinho: “A medida do amor é amar sem medida”. Vinicius de Moraes num dos seus mais belos sonetos afirmou: “E assim., quando mais tarde me procure/ Quem sabe a morte, angústia de quem vive/ Quem sabe a solidão, fim de quem ama/ Eu possa dizer do amor (que tive); / Que não seja imortal, posto que é chama/ Mas que seja infinito enquanto dure”.
Bom, vou ficando por aqui acreditando que o amor é eterno e que o verdadeiro é único. Estou com Balzac que afirmou; “É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida quanto dizer que um violonista precisa de vários violinos para tocar a mesma música”.
The End. William Porto. Inté.