“VENDENDO NO ALMOÇO PARA COMER NA JANTA!” ( Proposta empresarial)

Desde... mais de 20 anos, recebo continuamente as mesmas propostas, quanto a edição de livros: “SEU TRABALHO FORA APROVADO... CONTUDO!”

Sempre há as “entrelinhas!” Sempre há!”

“Contudo, diante dos custos que a editora dispenderá para prosseguir com seu escrito, solicitamos uma contribuição do autor... irrisória... insignificante, diante do projeto e possibilidades abundantes que vem por aí...”

Na verdade, todas às vezes que recebo semelhante OPORTUNIDADE,! Deixo de lado e esqueço... até a próxima!

Mas, isso me deixa um pouco frustrado, porque eu gostaria sim, de poder dar uma resposta a altura.

Gostaria sim, dizer: “senhores empresários, agradeço do fundo do meu coração a proposta e oportunidade que me proporcionaram, mas, existe um equívoco(?!) Sim, o equívoco mais evidente que percebo nesse momento é que: moro no Brasil, nasci no Brasil e como a maioria dos brasileiros, posso quase me considerar um sobrevivente de “guerra”. Começando por ter que sobreviver com um salário. Isso é mais que uma batalha... é mais que uma guerra. Agradeço o interesse, mas, será que compreendem que nem em meus melhores sonhos consigo DISPONIBILIZAR, a importância de R$ 5.000,00 , ou mais, somente para consolidar a minha tão... “digamos assim”, carreira de “aspirante a escritor?!’ Mesmo que eu quisesse e mesmo que eu o pudesse não faria tal investimento. Tenho coisas mais importantes para realizar, antes. Por exemplo: comer, beber, pagar essas contas que nunca param de chegar, comprar algumas “mudas de roupas’. É, eu sei, me dizem que o futuro é promissor. Mas, é justamente aí que existe o impasse. Eu nem estou preocupado, nesse caso, com o futuro, estou preocupado com o presente! Sim , se eu morrer de fome, quem vai ligar lá para o meu futuro?! Portanto, vamos deixar assim! Eu continuo protestando (que para mim, é isso) e aguardando e enquanto nada surgir, eu sigo, falando, aspirando, escrevendo, ok?! Inclusive, não sei por qual “cargas de água”, quando falam desse assunto e pensando nessa proposta, me lembro daquele negócio de “empréstimo fraudulento, onde o indivíduo para pegar R$ 500,00 de empréstimo necessita depositar R$ 200,00, ou seja, quase 50% daquilo que precisaria...”

Em outras palavras, brasileiro nato, “vendendo no almoço para comer na janta”, sequer pode sonhar com momentos de descontração e de lazer, quiçá pensar em pagar para ter um “mísero livro” na praça.

Continuo no SISTEMA VIRTUAL. Que entendam àqueles que passam e vivem o mesmo mal...