"ONDE QUE O PERDÃO NÃO CABE... ONDE QUE O PERDÃO NÃO ENTRA!"

Conheço muito bem as orientações, inclusive no que tange ao perdão... aliás, de maneira nenhuma, estou falando contra o perdão, mesmo porque eu não sou besta (mais) para contrariar aquele que disse: “PERDOAI SETENTA VEZES SETE VEZES!”

Não! Não é isso!

O que quero dizer é que existem situações que mesmo praticando lá, as prerrogativas estabelecidas pelo Cristo, fica muito , muito difícil a aplicação de todo o restante! (Todo o restante: conviver novamente, dividir o mesmo espaço, comungar as mesmas ideias, falar sobre os mesmos ideais!).

Uma vez prejudicado algum dos detalhes, todo o conjunto está completamente descartado e pior: para sempre! (Na verdade, relativamente, porque para sempre é muito tempo e levando em consideração que a vida não se acaba com a morte, pode ser que depois de alguns milhares de anos, alguns pontos de vistas, sejam reconsiderados e o respeito e carinho de alguma maneira, retornem ao convívio comum, a dois, por exemplo).

Perdoar, superar, etc., evitando o ódio, o rancor e ressentimentos, em alguns casos, na maioria das vezes, é muito mais que o suficiente, uma vez que a grande maioria se limitam tão somente, ao ódio e ao desprezo pelo semelhante!

Mas, me refiro especificamente a traição de um (a) parceiro (a), que se tinha muito em conta, quase irrestrita consideração!

Por mais que aja um perdão, um respeito, muito carinho e muita consideração, a lembrança vil do retrospecto, não deixa muita opção!

As lembrança do desprezo da desconsideração, são dolorosos demais, para qualquer outra tentativa para uma nova aceitação!

Afinal de contas, amor próprio, dignidade, sensibilidade, emoção, etc., são sentimentos nobres demais para serem jogados ao léo, por promessas de perdão, de um amor, de uma paixão!

Porque definitivamente a traição “arde”, “queima”, promove aflição! --

Por isso, dito: não basta dizer que se esqueceu, não basta estabelecer um perdão...