O terrível DeFiFé
O ano era… Sei lá, faz tempo pra caramba. Muito tempo. Eu era criança e estava num raro momento assistindo televisão (quem me conhece sabe que, na infância, esse foi um hábito praticamente não cultivado). Acredito que foi durante um programa chamado CRUJ (comitê revolucionário Ultra-Jovem) - Cultura? SBT? também não lembro. Mas tenho quase certeza que foi no CRUJ que ouvi essa expressão: DeFiFé. Depressão de Fim de Férias. Pois é… Considerando que depressão é algo sério, acredito que seria mais adequado mudar para desânimo de fim de férias. Um sofrimento que bate ao lembrar que em alguns dias, a rotina irá recomeçar. Não que o trabalho seja ruim (o meu pelo menos não é), mas só de pensar em tudo que está incluído: Deslocamento para ir e voltar, comida aquecida no microondas, menos tempo pra ler, convivência nem sempre tão agradável (não sejamos hipócritas: Ninguém gosta de todo mundo, ninguém ama conviver com todos os conhecidos e mesmo as pessoas que gostamos, nos irritam quando convivemos todos os dias). É tanto cansaço por tão pouco salário, que o DeFiFé - já devidamente renomeado como Desânimo de Fim de Férias - é inevitável. Tô com saudades dos meus alunos (não sou professora, sou inspetora, mas os alunos também são meus sim), mas sinceramente? Queria que Janeiro ganhasse mais umas três semanas. Queria um feriadão que emendasse o Carnaval até o Dia do Trabalho, pelo menos.
E vocês? Também tem essa vontade de desaparecer quando as férias chegam ao fim? Lembram dessa expressão (DeFiFé) e do programa que a originou? Contem aí pra mim!