*A Bela Adormecida*
(#M# Eu Apoio)
... Era uma manhã primaveril. Um lençol de cetim delineava-a cobrindo-lhe seu lindo corpo que adormecido estava! Retiro o lençol desnudando-a. Sua tez morena de sedosos pelos dourados se arrepiam. Ela – ao que parece – sentiu a lufada do vento que penetrava pela entreaberta janela. Fecho a janela e cortina. Desejava não ser visto nem mesmos pelos pássaros vadios que degustavam as frutas, fazendo o seu lanchinho matinal. Queria estar a sós. Queria viver lindos momentos de amor!
Por estar debruço, o seu encantador corpo mostrava-me perigosas curvas que o delineavam. São belas curvilíneas a excitar-me ainda mais. Faço as minhas mãos passearem pelo seu desnudo pescoço. Ela se arrepia – noto! Toco levemente os seus ombros e inicio um passeio com as pontas dos meus dedos. Os pelos das suas costas se enrijecem ao sutil toque das minhas mãos! Desço-as em passeio pelas curvas do corpo escultural enquanto beijo cada canto das beldades vislumbradas. Chego às nádegas que mais pareciam dunas, onde as areias eram açoitadas pelos vendavais das minhas narinas e meus incontidos desejos. As dunas são, com incontidas lubricidades, beijadas e mordiscadas. Ela geme de prazer. O seu peito arfa buscando ares, para satisfazerem os ávidos pulmões. Dos seus lábios saem grunhidos como se fossem os onomatopeicos ‘Shhssss’ – sons emitidos pelas najas dos desertos!
Por sobre seu corpo me deito colando o meu peito sobre as arrepiadas e róseas dunas. Viro o seu corpo. Vejo-a de olhos fechados. Seus seios tremulam como palmeiras sob fortes vendavais. Ávido seguro-os. Ela treme e geme. Treme e geme eu. Ao toque dos meus lábios sugando seus arfantes seios, gememos nós. Mordisco-os e ela arfa em luxuriosos momentos de prazer anunciando a chegada ao Nirvana! Pelos ares espargem os seus gritos de gozo, seus shhsss de naja dos desertos!
-Quer que eu pare, amor? – pergunto-lhe!
-Não!.. Por favor, não pare! Nãããooo paaaareee! – aos gritos implorava!
Do Triângulo das Bermudas chegava-me às narinas o inebriante feromônio exalado. Sem temer naufragar-me, adentro o temido mar do Triângulo na busca da caverna submarina de onde provinha tão convidativos olores. Na entrada da caverna há uma sentinela. Com a minha língua atropelo-o! Ouço um urro como sendo o de uma fera ferida ao ser caçada. A fera não estava ferida. O urro dado era o esperado aviso da sua chegada ao Nirvana. Ela estremece, grita e geme. Resoluto, não paro. Sabia que ela não queria que parasse! A sentinela é lambida e engolida entre os gritos de gozos inacabáveis. Em constantes estremeceres ela segura a minha cabeça, enquanto – e com as pernas fechadas – apertava-as forçando-as para a entrada do Triângulo das Bermudas. Outros – e tantos outros gritos – são ouvidos com as novas e irreversíveis chegadas ao Nirvana.
Cuidadosamente, afasto as suas trêmulas pernas. Não tinha escafandro e precisava respirar. Ato seguinte, faço minha língua subir pelo seu colo e umbigo. Nele deposito um beijo em meio aos dourados pelos arrepiados. Continuando na subida, buscava a sua boca entreaberta a pedir-me que a beijasse. Beijo-a com ímpeto! Nossas línguas se entrelaçam como se fossem duas najas ávidas por fazerem perpetuar suas espécies.
Afasto-me! Sinto que meu falo quer, também, participar do licencioso festim ao deus Eros. Ergo-me até que as minhas nádegas se aproximem dos seios da minha amada. O ereto falo está próximo – bem próximo – aos seus entreabertos lábios e ela o beija com incontido frenesi. Os urros e os gemidos de prazer, agora ouvidos, eram os meus. Ela não mais beija o meu falo – engole-o e eu estremeço sentindo sua língua percorrer todo o falo escondido na sua sensual boca. Ela não fala: o falo impedi-lhe a fala! Mas ela não queria falar. O que ela desejava é viver intensamente todos os inesquecíveis momentos de felicidade incontida.
Sentindo que as portas do Nirvana estavam se abrindo, retiro o falo e o faço escorregar por entre os tépidos seios da minha amada. Em seguida, viro-a debruço, levanto suas nádegas onde as encantadoras dunas tremulam. Separo as dunas e vejo uma caverna cuja entrada piscava como um semáforo na sua cor amarela. Roço com o falo a entrada da caverna. Ao roçar vejo que as dunas balouçarem. Continuo a lenta descida do falo ao Triângulo das Bermudas até encontrar a atenta sentinela. O falo empurra-o para trás fazendo minha amada urrar pelos incontidos gozos sentidos.
Lentamente, faço o falo penetrar no recôncavo do Triângulo das Bermudas, local donde exalava o irresistível aroma do feromônio e o seu lubrificante natural. Saindo do Triângulo das Bermudas, guio o falo em busca da caverna escondida entre as dunas – encontro-a! Encosto a cabeça do falo na entrada da caverna que piscava mordiscando-lhe a cabeça.
Então – e carinhosamente – penetro na caverna. Ulos e eróticos gritinhos se espargem. A cabeça do falo é avidamente engolida. Ele a penetra. As dunas vão se abrindo e fechando em um ritual enlouquecedor, enquanto ele penetra na luxuriante caverna. Agora – acomodado totalmente – o falo inicia a frenética dança do vaivém. Sinto que o Paraíso Nirvana se aproxima. Os, então, lentos movimentos se aceleram. Vindos não sei de onde, ouço o badalar dos sinos das minaretes. A visão, atordoada pelo delírio, mostra-me pirilampos voejando pelos ares. A extrusão acontece. Meu corpo desfalecido queda para o lado. Mas – e ainda colado ao da amada – juntos quedamos!
Os nossos olhos permanecem fechados. Nossas respirações, aos poucos, vão se normalizando. Nas nossas mentes ainda pairam as imagens dos felizes momentos que há pouco vivenciamos. As pálpebras da minha amada batem insistentemente e, ao se abrirem, vão encontrar os meus olhos admirando toda a beleza contida naquele corpo escultural.
Com muito carinho – abraço-a e sou abraçado! Estamos silentes nada será preciso dizer! Nós nos amamos e somos felizes por tanto nos amarmos! Agora, a minha Bela Adormecida – que acabara de sair dos braços do deus Eros, volta aos braços do filho do deus Hipnos: o deus Morfeu que velará os nossos sonos e sonhos!
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Imagem: Google