À REVELIA DA VONTADE
A vida, ao tempo das iniciais descobertas, nos toma de assalto. É a propulsora natural de atos e fatos. À medida que nos imolamos ao transcurso do tempo (por altruísmo ou pragmatismo) passamos a ser protagonistas a cada passo. E esse agir move segundos, dias, meses, anos, até a finitude. Todavia, a extinção nem sempre é o final de nosso itinerário planetário.
Pode acontecer que a eternidade não represente o merecido repouso para quem percebe e aceita a reencarnação como perspectiva para o cumprimento do trajeto para a eternização definitiva, se esta for a missão ou o karma proposto pelo Absoluto.
Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre, a palavra "reencarnação" deriva do latim, que significa literalmente "entrar na carne novamente". O equivalente grego metempsicose deriva de meta (mudança) e empsykhoun (colocar uma alma em), um termo atribuído a Pitágoras. Um termo alternativo é transmigração, implicando a migração de uma vida (corpo) para outra. Outro termo grego às vezes usado como sinônimo é palingênese, "nascer de novo".
Afinal, não há como perscrutar o que ficará lavrado nas porções aquém ou além das desassossegadas marinas do barqueiro Caronte, águas do Aqueronte, às portas de Hades.
Pelo menos nestas quadras iniciais do séc. 21, eis que ninguém voltou da outra margem para contar mais sobre nós mesmos e a perspectiva fática do viver e finar-se. Talvez retornar (ou não) ao plano terreno ou qualquer outro para virar pedra e/ou totem da abstração do Eterno.
MONCKS, Joaquim. O CAOS MORDE A PALAVRA. Obra inédita em livro solo. 2024.
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