TOQUE DE RECOLHER

Francisco de Paula Melo Aguiar

Aqui e acolá se ouve falar em toque de recolher.

Isso mesmo, em qualquer cidade grande ou pequena.

E isto acontece quando o poder estatal de polícia não se presente no cotidiano de tais localidades.

Diante da omissão e da preocupação inexistente do Estado, a turma que sonha com dias melhores praticando crimes jura set fiel às suas bandeiras organizadas e milícias.

Infelizmente a segurança pública que é paga todos os brasileiros direta e indiretamente é uma máscara paliativa, porque os noticiários nas cinco regiões do país depõem todos os dias contra o tipo de segurança ao cidadão rico, pobre e miserável, clamando por justiça como se clama no deserto.

Ninguém ouve o cidadão comum e este só é lembrado pelo Estado quando é para pagar seus impostos diretos e indiretos, ao contrário, quando é assassinado, aí chega a policial representando o poder constituído para recolher o corpo.

Ressaltamos que a instituição policial é uma corporação sublime do torrão nacional com suas diversidades e especificidades locais.

Nos parece que existem dois tipos de cidadania, uma civil e outra policial, e que uma não depende da outra, quando os impostos diretos e indiretos são pagos por todos para que o Estado cuide de fato e de direito de ambas as partes.

O toque de recolher dado pelos foras da lei tem dado ordem de abrir e fechar portas na hora que eles querem e o Estado não tem enfrentado essa gente como deveria ser.

Enfim, tem bairros e ruas pelas cidades do Brasil afora que lá só entra e sai quem o crime organizado ou desorganizado quiser, uma prova disso são as casas abandonadas por seus moradores para não morrer, fogem como a sombra dentro d'água.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 25/01/2024
Reeditado em 25/01/2024
Código do texto: T7984171
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