LIMITES
Atualmente, tenho observado que a maioria de nossos alunos apresenta necessidades de respostas para as suas preocupações sociais: valores, deveres e direitos, passando por outros fatores, como autoridade, disciplina e ausência de limites.
Alguns jovens dizem que a sociedade está vivenciando um momento de "mal-estar" ético: a falta de respeito. Há insatisfações generalizadas sobre hipocrisia, desonestidade, egoísmo, vandalismo, violência e imoralidade. No entanto, esta crise não deve sufocar as perspectivas de um amanhã melhor. Outros consideram que a degradação de valores não é muito profunda, porém reivindicam encontros para discutirem os novos princípios de vida.
Sabe-se que a família e a escola são, hoje, quase que os únicos responsáveis pela construção da moral. Logo, cabe-lhes pautar atitudes e comportamentos por normas e por limites claros, os quais não devem, em nenhum momento, ser vistos apenas como pontos extremos, proibição ou algo a não ser transposto.
É importantíssimo à criança e o adolescente saberem discernir se o limite estabelecido é um chamado a entrar para o outro lado ou, pelo contrário, uma determinação para ficarem de um só lado; as duas alternativas existem: "o dever transpor e o dever não transpor".
São os limites que levam a construir e aprender a gostar, a respeitar e a admirar aqueles que preservam suas individualidades. Uma ação educativa é pré-requisito para aceitar e ponderar os limites sociais.
"O problema da liberdade não se restringe às limitações a quem vive em sociedade. É preciso ainda saber que ações os homens aceitam normatizar em nome da cultura". (Yves de La Taille)