QUANDO UMA AMEAÇA REPENTINA NOS TIRA DA ZONA DE CONFORTO

Todos sabemos que na vida nem tudo ocorre como sempre almejamos, sonhamos, queremos etc. Lamentavelmente somos todos fadados a passar por provas inesperadas que surgem na nossa vida pacata e nos impulsiona para uma atitude que nunca esteve nos nossos planos. Como seria ótimo se tudo fosse o contrário, ou seja, nunca acontecesse nada desagradável e triste em nossa existência. Mas, não tem outra escapatória. Desde após aqueles meses naquela zona de conforto no útero materno fomos "convidados" a sair, já recebendo como boas vindas uma palmadinha no traseiro, se já fôssemos capazes de distinguir algo, além de sentir um pequeno desconforto, perceberíamos que a nossa luta pela vida estava apenas começando, como bem disse o vate Gonçalves Dias: "Viver é Lutar!" Então, mesmo na qualidade de uma grande dependência, o tenro ser humano irá precisar muito dos cuidados de quem estiver por perto para moldar a sua sobrevivência. Só quando se atinge a idade que muitos denominam de - o uso da razão - é que a vida de cada um começa a ter algum sentido ou projeção. Então, assim como os percalços, os problemas, as dificuldades vão surgindo, concomitantemente, as vitórias, as alegrias e congratulações também farão parte daquilo que chamamos vida. E a partir daí, só se para pra analisar alguma atitude errônea ou precipitada, quando uma ameaça repentina nos tenta tirar da nossa zona de conforto. E neste caso, é cada um por si e Deus por todos, como se costuma dizer. Exemplificando: uma pessoa, portando alguma dificuldade física está andando por uma rua do seu bairro, ou um pé está machucado ou devido a idade anda lentamente e de repente se vê diante de um animal qualquer que vem em sua direção, ameaçando atacá-la. Na hora, o seu desespero para não chamar de medo lhe tira toda a razão e, rapidamente procura se proteger seja de qualquer maneira, até tentando correr, subir numa mureta, se agachar debaixo de um carro, mas parada ela não fica, pois a sabe que aquele animal raivoso jamais vai entender que ela está com o pé machucado ou devido a idade avançada não pode correr. Correto ou estou exagerando?

Afinal, melhor agir assim e sofrer alguma consequência do que sofrer algo pior sem fazer nada para se proteger. O seu susto pode ser grande, mas a frustração daquele animal por não lhe atacar pode ser maior. Isto se ele tivesse consciência disto.