O DESTINO DE UNS... O FINAL PARA TODOS?!
Existem coisas bastante “elementares” que os mortais mais sensatos evitam falar... comentar e no entanto, são na realidade o final para todas as criaturas que circulam por esse mundo relativamente bom e concomitantemente... hostil!
Por esses dias, ao passar de frente a um grande hospital público, aconteceu de que nesse exato momento, pude contar: um... dois... Sim, dois veículos funerários vindos recolher corpos para conduzir aos seus destinos finais. Logicamente, antes tem que passar lá pelo “aconchego” ou desprezo das famílias antes do sepultamento e coisa e tal...
Pela própria condição do mundo, por mais que se compreenda antecipadamente como são as exéquias ligadas ao fator forte, por mais que por antecipação se conheça lá um pouco do que vem a ser a vida após a morte, etc., ainda assim, sempre causa um certo desconforto referida cerimônia, tanto para os que ficam, tanto quanto para as almas daqueles que vão...
Por esses dias, um conhecido que já tinha tido antigamente “sólida” crença na vida após a vida, me falou: “é, mas, ninguém voltou de lá para falar!” Mentira! Houve e ainda existem milhares, milhões de testemunhos mundo afora. Mas, se o indivíduo está mais preocupado em ganhar dinheiro em se estabilizar financeiramente e só isso, fica difícil, prestar atenção no que vem depois e nas inumeráveis narrativas , descritas por pessoas muito confiáveis e sinceras...
No entanto, há um consolo, para o meu conhecido crente/descrente: ele não é o único a ter semelhante dúvida e ficar bastante chateado com a falta de confirmação material , como seria certo numa Ciência lógica... mesmo porque, não se trata de uma Ciência lógica, complexo tema...
Um nobre um excelente pensador, cientista renomado, filósofo, astrônomo, etc., (CAMILLE FLAMMARION) e fiel conhecedor do fenômeno pós morte, teve que admitir ter guardado grande frustração com suas crenças, quando um amigo seu, também conhecedor de tais fenômenos, tendo prometido se comunicar consigo, assim que “pisasse” na terra dos mortos em espírito... passados anos, não o fez...
E ele (o cientista) esperou e esperou e nada aconteceu, mas, depois obtemperou (1) ao reconhecer e ter que aceitar a sua condição de ser humano nesse mundo e as possíveis e reais limitações do mesmo. Aceitou e continuou a vida!
Isso porque as condições humanas são bastante desfavoráveis para ter acesso a informações relevantes em torno de como é a vida depois dessa em sua mais perfeita condição! Muito excepcionalmente, em condições favoráveis, acontece lá a descrição, mas, no geral, para a grande maioria, se não se dedicar ao estudo do tema... somente lida com a especulação...
Mas, o drama do início permanece o mesmo...
E digo mais, mesmo que qualquer um dos “mortos”, fossem “lá” e viessem cá, poucos momentos depois de sua partida, avisar exatamente como é, a dúvida permaneceria a mesma, o medo também e a mais clássica de todas essas prerrogativas, a indiferença seria exatamente a mesma...
Mas, creio que, sofrer menos é bem melhor... porque tanto maior a dúvida, muito maior é o pavor de viajar num daqueles tenebrosos veículos cuja destinação é só uma...
Mas, “não criemos pânico”, ali só vai o cadáver... a alma, “às vezes”, não está mais lá...
- (1) OBTEMPEROU: verbo intransitivo : Obedecer, aquiescer, sujeitar-se.