CARTEIRA DE TRABALHO

Na época em que era vergonhoso não ter emprego certo e pertencer ao universo dos desocupados que na atualidade parasitam as múltiplas bolsas sociais, a carteira profissional era o documento mais importante que o cidadão poderia portar e exibir com orgulho quando solicitado.

Nas grandes cidades, notadamente aqui em São Paulo, duplas de policiais faziam rondas nos locais mais movimentados a fim de coibir a ação dos marginais. Nas abordagens, agiam como reais agentes de segurança e a carteira profissional, com contrato de trabalho assinado por empregador de qualquer atividade econômica, era o atestado de boa conduta e de cidadania.

Esses policiais eram apelidados de Cosme e Damião e as suas ações, cordiais ou enérgicas, além de serem aprovadas pelo povo, tinham respaldo legal.

Hoje, graças ao “estado democrático de direito” a atividade policial está demonizada e praticamente impedida pela população, além de tornada inútil pelas leis e justiça favoráveis aos seus comparsas criminosos em qualquer nível de periculosidade.

Mas voltando à carteira profissional.

Com o passar do tempo ela passou a ser conhecida pela sigla CTPS (carteira profissional e previdência social) e é documento obrigatório para o registro de todas as atividades com o contrato de trabalho entre patrão e empregado, salvo o serviço público estatutário.

O detalhe mais interessante em qualquer Carteira Profissional é a fotografia do titular na primeira página.

Quando vocês, caros leitores, estiverem se achando lindos, assim como o príncipe dos contos de fadas ou tão belas quanto as mais lindas das misses universo, olhem com o olho de quem quer ver, para os detalhes da sua foto na carteira profissional, principalmente os cabelos e orelhas.

Essas fotografias seriam destaque nas propagandas dos circos dos horrores porque, se você é homem, verá que é mais feio do que o ogro que assusta lobisomem; se mulher, que devia fazer parte daquele bando de barangas do partido dos trabalhadores.