SEM NOÇÃO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Sem noção não se preocupa com nada.
Se estuda não leva à sério os estudos.
Se não estuda diz que lhe falta oportunidade.
Se trabalha é um péssimo empregado.
Se solteiro quer casar com quem tiver condições financeiras para lhe sustentar de cama e mesa.
Se não tem filho, quer ter filho, sem dar uma papa d'água.
Se casado quer se divorciar para arranjar alguém de seu nível social.
Sem noção quer tudo para si, sem saber por onde começar.
Assim sem noção vive esperando que tudo caia do céu ou do inferno.
Algo análogo "a educação científica das massas fará pouco bem e, provavelmente, fará muito mal, se simplesmente se reduzir a mais física, mais química, mais biologia, etc., em detrimento da literatura e da história. O provável efeito sobre o ser humano médio seria o de estreitar o alcance dos seus pensamentos e o de o tornar, mais do que nunca, desdenhoso de um conhecimento que não possui", no dizer Eric Arthur Blair (1903-1950), jornalista, ensaísta, crítico e romancista inglês, conhecido como George Orwell.
E o mundo de sem noção é ”o verdadeiro desporto não tem nada que ver com jogo limpo (“fair play”). Está ligado ao ódio, ao ciúme, à jactância, ao desrespeito de todas as regras e ao prazer sádico de testemunhar violência: por outras palavras, é a guerra menos o tiroteio", na visão de George Orwell, em "What is Science?", Tribune (26 de Outubro de 1945) e "The Sporting Spirit", Tribune (14 de Dezembro de 1945).
Em tese, o que sem noção quer é continuar sem fazer nada e ter tudo nas mãos a todo tempo e hora, portanto, presa fácil para às facilidades mundanas, que se apresentam gratuitamente na Internet e outros meios comunicação, porque não existe massa honesta com governantes corruptos e vice-versa.
Assim segundo, sem noção, se deduz que ele não é exemplo para ser seguido por ninguém.