CHEGAR A CASA...

Abre-se a porta da casa nua

soa o silêncio

no tilintar da chave contrariada.

O gato rebola como vírgulas depravadas.

Arruma-se a pasta em contramão.

A luz desperta em volúpia .

Os sapatos voam

amuados do dia.

E descalça

E a esta hora

E neste sítio...

Não tarda cheira a café.

Paula de Eloy
Enviado por Paula de Eloy em 21/01/2024
Código do texto: T7981283
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