INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, UM TURBILHÃO DE POSSIBILIDADES A SE AVALIAR

Quanto mais se apura a tecnologia, maior deveria ser a preocupação com a segurança dos dados a serem manipulados. Se antes da invenção dessa tal inteligência artificial - IA, não foram poucos os escândalos que chegaram a público envolvendo a divulgação de informações pessoais de tanta gente.

Repare que frisei apenas a quebra de sigilo que chegaram a público, acha que ninguém consegue avaliar os pequenos furtos de dados e suas possíveis consequências. Quem tem um pouco mais de experiência de vida, deve lembrar de um golpe que acabou ficando famoso, mas descoberto por incompetência de quem teve a brilhante ideia, que depois não se conteve ao sentir que sua conta bancária crescia a uma velocidade perturbadora. O golpe tinha como principal característica a transferência dos centavos de todas as contas de uma agência bancária.

Como ninguém confere sequer as unidades monetárias de SUS conta bancária, imagine então os centavos.

Se antes, sem ajuda cibernética, os espertalhões de plantão já se aproveitavam da ingenuidade das pessoas, imagine agora empregando todo conhecimento adquirido pela manipulação de dados que a IA permite, criando algoritmos adequados a realidade do golpe e isso pode ser expandido tanto pela manipulação de fluxos de caixa de instituições privadas, como também das públicas.

É essencial que empresas, governos e sociedade em geral trabalhem em conjunto para garantir que a IA seja desenvolvida e utilizada de forma responsável, maximizando seus benefícios e minimizando os riscos. Mas será isso possível de ser controlado?

Basta imaginar a evolução geométrica das tipologias de falcatruas que em um passado mais distante exigia exposição do gatuno, tanto para o furto de uma carteira ou a imaginação para bolar um conto do vigário.

Todos devem lembrar bem da evolução dos golpes propiciados pela disseminação indiscriminada dos cheques, esta que permitiu por décadas falsificações diversas. Mas a alegria maior desses larápios evoluiu muito com a popularização dos cartões de crédito, quem pode esquecer do chupa cabra, que propiciou a evolução do roubo da modalidade varejo para agir agora no atacado.

Mas o melhor estava por vir, os smartfone, eles sim permitiam uma diversidade de ganhos fáceis, através de um único objeto: com um deles em mãos você pode zerar, ou mesmo negativar a conta bancária da vítima e ainda conseguir uns caraminguás repassando o valioso aparelhinho para algum receptor de aparelhos.

Agora, assim que aprenderem as manhas da IA, o crime mudará de patamar, e o céu é o limite para essa gente que dispõe de muito tempo ocioso, o que lhes permite simular e apurar um novo golpe, antes que a sociedade tome conhecimento dessa nova estratégia.

Aí como sempre, nosso despreparado quadro das polícias vai aos trancos e barrancos tentar recuperar o tempo perdido. E o mais importante, quando dominar a metodologia empregada, os gatunos cibernéticos já terão abandonado essa prática, e já disporão de uma nova e mais evoluída tecnologia de ganhos fáceis.

Se a ética não consta das características das altas autoridades que comandam o país o que esperar dessa parcela que optou por viver a margem da sociedade.

Nesse pequeno relato caminhei por apenas uma das muitas facetas desse poliedro chamado IA.

Alcides José de Carvalho Carneiro
Enviado por Alcides José de Carvalho Carneiro em 20/01/2024
Código do texto: T7980687
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