As sementes que plantei

Um belo dia, eu e meu esposo resolvemos passear pelo mercado municipal e, como era bom passear naquele mercado, mesmo fervilhando de pessoas todos os dias. Ver os trabalhadores apressados carregando caixas e mais caixas de frutas, legumes e verduras que espalhavam diversos cheiros que gosto de decifrar. Cheiro das uvas, maçãs, pêssegos, caquis... E os enormes sacos de quinoa, lentilha, milho, feijão, grão de bico...

Foi aí que, enquanto caminhávamos os corredores do mercado, acompanhando a vida frenética dos feirantes, deparei-me com uma barraca diferente, de uns três tipos de frutas, toda enfeitada mas, o que mais me chamou a atenção foi uma placa artesanal em madeira toda colorida de um senhor muito simpático e falante. Ele tinha os cabelos tão brancos que era impossível não lembrar de um algodão. A pele era vermelha, queimada do sol e os olhos claros, vivos e brilhantes. Existia uma beleza contagiante naquele homem que sorria e gargalhava enquanto trabalhava alegre com aquelas frutas. Eu não conseguia parar de tirar os olhos daquelas frase colorida qual estava escrito:

“TENTARAM NOS ENTERRAR, MAS NÃO

SABIAM QUE ÉRAMOS SEMENTES”

( provérbio Mexicano )

É isso! - Pensei alto, falando para meu marido. – É sobre isso que tratará o meu segundo livro:

“Sobre as sementes que plantei.”

Andreia Caires

*Extraído do livro "As sementes que plantei" ( 2018 ) https://clubedeautores.com.br/livro/as-sementes-que-plantei-2

Andreia Caires
Enviado por Andreia Caires em 19/01/2024
Código do texto: T7980060
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