Velho, eu?

A gente nasce, cresce, fica velho e morre. Bom quando esse ciclo se completa. Alguns e algumas se vão antes, prematuramente, por vários motivos; doenças; balas perdidas; uso de drogas lícitas e ilícitas; guerras; acidentes; desnutrição e fome; suicídio.

Bem, como prefiro que a morte me leve naturalmente, vou vivendo o melhor que posso, com a velhice chegando, trazendo rugas e limitações da idade.

Há quem tenha dificuldade de aceitar que está ficando velho. Tentam encontrar a fonte da eterna juventude. Busca fadada ao fracasso. Não há cremes, harmonizações faciais e cirurgias, que dê jeito. A velhice chega, com flacidez, diminuição da libido, pernas bambas, dores, coisa e tal.

A ficha da velhice só caiu em Osvaldo, aos setenta. Graças ao espelho e ao cansaço. Não desistiu de ir ao clube, nadar, levantar peso, caminhar. No que ele estava certo. É preciso cuidar da saúde, sempre. O problema era o desespero, o medo de que seus dias de vida minguavam.

Osvaldo morre de medo só de pensar na morte. O que não evita de morrer um pouco a cada dia.