O mundo não está tão maravilhoso

O mundo, do jeito que está hoje, vem se tornando um lugar mais violento do que no começo deste século e deverá chegar ao fim de 2024 com pelo menos oito grandes guerras, além de dezenas de conflitos armados em busca de territórios ou governos. Isto é um fato real e atual. As guerras estão se espalhando em várias regiões globais. É só observar que junto à guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que desde 7 de outubro acumula milhares de mortos, e à invasão russa contra a Ucrânia, que completará dois anos em fevereiro de 2024, conflitos armados em grande escala estão acontecendo neste momento em Burkina Faso, Somália, Sudão, Iêmen, Mianmar, Nigéria e Síria e em muitos outros países que estão dando apoio a outros países em guerra. O lendário cantor e trompetista de Nova Orleans Louis “Satchmo” Armstrong fazia discos desde 1923, mas em fevereiro de 1968, aos 66 anos, ele lançou “What A Wonderful World”, que se tornaria a canção mais vendida de sua carreira. Embora conhecido como um dos pioneiros do jazz no estilo Dixieland na década de 1920, Armstrong não era um estranho nas paradas pop dos anos 1960, tendo liderado o Hot 100 da Billboard com o single vencedor do Grammy, “Hello Dolly”, em 1964. Mas “ What A Wonderful World ”era muito diferente do que ele havia feito antes; uma balada pop lenta que capturou Armstrong em um raro humor reflexivo. Com sua voz áspera e desgastada, ele cantou uma canção de esperança que parecia ressoar com as pessoas em todos os lugares. O que tornou sua atuação magnética foi sua pungência: era como se Armstrong, que estava em seus anos de crepúsculo e sofrendo de um problema cardíaco, estivesse dando uma última olhada apreciativa na vida e fazendo um balanço das coisas simples que a maioria das pessoas considera naturais .

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 18/01/2024
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