O analfabeto econômico e político
Não é raro encontrarmos pessoas que desconhecem os fundamentos da Economia, mesmo entre as que têm diploma universitário.
Talvez por isso, muitas delas tenham mais tendência a acreditar nas teorias sem sentido de Karl Marx, tais como a “mais valia” e que a relação empregador-empregado é sempre de exploração.
Uma dessas pessoas parece ter sido o alemão Bertold Brecht (1898-1956).
Bretcht estudou medicina, não sei se completou o curso, era poeta e se tornou conhecido como dramaturgo.
Ainda jovem, Brecht se tornou marxista e como é inevitável, um crítico do Capitalismo, seguindo a regra do “onde vai a vaca, o boi vai atrás”.
É dele o pensamento:
“O Analfabeto Político
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo.”.
Esse texto é muito frequentemente citado por pessoas que geralmente também adotaram o pensamento marxista.
A data provável em que Brecht escreveu esse texto é entre 1930 e 1933. Pelo uso dos termos “burro” e “imbecil” ele deve tê-lo escrito num momento de raiva, preocupado com a ascensão do Nazismo e o risco que ele representava para a Democracia.
Contudo ele ignorou, como é de costume entre os marxistas, que nessa época, Stalin estava demonstrando toda sua sanha tirânica, assassina e sanguinária na União Soviética.
Ele ignorou também que, inicialmente o preço das mercadorias dependem de uma lei básica da Economia qual seja a da oferta e demanda.
Eles podem sim ser afetados por decisões políticas que via de regra provocam escassez e encarecimento dos produtos, como estava sendo mostrado na Rússia e Ucrânia.
Ele ignorou ainda que os outros problemas que citou tem como causa uma série de fatores além da atitude comodista de muitas pessoas que seguem a filosofia do “isso não é problema meu” ou “deixo tudo por conta de Deus”.
Ele se esqueceu por exemplo que a prostituição existia à milênios e que os “politicamente engajados” frequentemente elegem ou apoiam políticos corruptos, como os alemães estavam fazendo.
Quando ele se tornou marxista, no início da década de 1920, ele já devia estar sabendo que um ser desprezível muito politicamente ativo, Lenin, já havia demonstrado todo seu potencial para a corrupção e assassinatos em massa.
Bertold Brecht na sua pseudo sabedoria política só estava se comportando com é de costume entre os marxistas/comunistas/socialistas, criticam nos outros os defeitos que neles não são defeitos, fazem parte de uma filosofia cínica que garante a existência de suas “doutrinas”.