Coleções bizarras
Esta semana um vizinho anunciou no grupo do condomínio que está vendendo todos os seus livros da Coleção Vaga-Lume. Bateu uma nostalgia! Vocês lembram? O meu preferido na infância era A Ilha Perdida. Adorava, mas não cheguei a colecionar, como muitos amigos meus à época.
Aliás, nunca fui de fazer coleção. Sempre me faltava, ou grana ou paciência. Muitas vezes, os dois. Tentei álbum de figurinhas (nunca completei); ioiôs; micro-garrafinhas de refrigerante; papel de carta. Enfim, tudo que a publicidade dos anos 80 gentilmente me informou que eu precisava colecionar. 😜
Adulta, cheguei a considerar imãs de geladeira, moedas ou canecas de destinos turísticos. Até tenho alguns, mas não chamaria de acervo. Para ser justa, cheguei a colecionar, sim, relacionamentos tóxicos (quem nunca), algumas desilusões evitáveis e celulites. 🤦🏻♀️
Mas nada contra os colecionadores. Até admiro quem tem essa disciplina, perseverança e paixão. Acho que nunca me importei com nada a esse ponto. A não ser com os meus filhos (mas uma prole extensa não seria economicamente viável e nem responsavelmente aceitável). 🤭
Chic mesmo é uma coleção de obras de arte, vinhos raros, discos clássicos ou mobiliário vintage. Embora seja altamente recomendável cultivar primeiro o bom gosto. 🤓
Pra falar beeeem a verdade, confesso que tenho um certo preconceito com alguns colecionadores. Ah, vai dizer?! Tem gente que extrapola um pouquinho os limites do razoável. O senhor Google me apresentou alguns deles. Eis:
Jian Yang, de Cingapura, tem 6 mil bonecas Barbie. Yvette Dardenne, da Bélgica, tem 56.800 latas diferentes no mesmo ambiente. O grego Dimitris Pistiolas (rá, não coleciona armas!) é o maior colecionador particular de câmeras de filmes do mundo, com 937 projetores. 🎥
Sem falar do japonês tarado que alugou um apartamento de 3 quartos para abrigar sua coleção de bonecas sexuais. Ou do inglês que acumulou mais de 20 mil milhas viajando pelo mundo em busca dos seus 500 chapéus de polícia. Vi ainda fiapos do próprio umbigo (tá no Guiness), caudas de sereia de látex, chiclete mascado de nicotina e mais tanta coisa maravilhosa que renderia outras 3 crônicas.
O ser humano é um bicho estranho. Só sei que, no meu atual estágio da vida, a única coleção que me vejo fazendo é de notas de 100 dólares. 💴 😂
Mas, voltando às coleções de livros. Seria de um americano a maior biblioteca particular do mundo. John Q. Benham tem cerca de 1,5 milhão de livros em sua casa. Mas, ao que parece, nenhum da Coleção Vaga-Lume. #fail 👎🏻
IG: @mirandaboth_