ANO NOVO, POLÍTICA VELHA

Este será um ano em que teremos muitos amigos. Aquele tipo que antes nem te cumprimentava e virava a cara e que agora vem te abraçar, tecendo mil elogios.

Ano que os partidos farão as coligações mais esdrúxulas, com as pessoas mais execráveis em troca de apoio no pleito. E no ano que vem, teremos um novo balaio de cargos de confiança, alguns que entendem do ofício como eu entendo de baleias e discos voadores. E o cordão dos puxa sacos ao redor deles com certeza se fará presente.

Como diria aquele velho deitado: ano novo, política velha. E sempre foi assim.

Com exceção de alguns bem intencionados na disputa - e eles existem, graças a Deus - teremos aquelas velhas figurinhas tarimbadas que só estão interessadas em nosso voto ou num cargo comissionado na próxima administração. Sem falar naquelas figuras ridículas que não tem a mínima noção do que um vereador faz e se metem a concorrer para ajudar o partido, juntando meia dúzia de votos, que depois vão para a coligação.

Não que eu esteja criticando tanto assim, afinal temos vereadores que fazem um excelente trabalho em prol da comunidade, mas sempre existem aqueles mal intencionados que vêem no pleito apenas um cabide de emprego.

Vai aparecer candidato de todo tipo e pelo, alguns dignos de riso, outros dignos de pena e outros ainda dignos de desprezo. Todos chamando todo mundo de meu parceiro ou minha companheira.

É claro que haverá os candidatos e candidatas realmente bem intencionados. E é nestes que é preciso focar.

Por que votar é necessário, é a única maneira de fazer valer o seu direito e a sua opinião.

Mas cabe ao eleitor e à eleitora fiscalizar o passado e o presente do seu candidato ou candidata, saber com quem ele se coligou antes e com quais intenções. Se possível, baixar até sua ficha criminal e patrimonial.

Por que são eles e elas que aprovarão os projetos bons e rejeitarão os nocivos pelos próximos quatro anos a contar de 2025.

Promessas não faltarão, o xis da questão é saber o quanto do que vão prometer realmente irão cumprir. Por que promessa demais até o santo desconfia.

O que não pode acontecer é abster-se de votar, por que o voto é um direito universal e só assim podemos cobrar depois daqueles que elegemos. O que é mais fácil em cidade pequena, onde sempre podemos encontrar o candidato eleito na fila do caixa ou na esquina da praça. E que eles e elas não saiam covardemente pela direita, esquivando-se de conversar com a gente.

No mais, recomendo as melhores escolhas. E muita paciência para aturar os "amigos" que a partir de meados do ano vão aparecer para nos abraçar.